Festa, drama e futuro (por Felipe Fleury)

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Escrevo esta coluna no dia em que o Fluminense completa 116 anos de gloriosa existência, dignificando o desporto nacional e formando gerações e gerações de apaixonados tricolores. Celebrar, portanto, o aniversário desse clube não deixa de ser celebrar, também, nossa história com o Fluminense, cada qual com a sua, com suas reminiscências dos lances sensacionais, dos jogos e títulos históricos, dos craques que nos marcaram, daqueles que nos deixaram, de um clube gigante, referência no Brasil e no mundo. Comemoramos saudades e desejamos o retorno dos grandes dias em que o manto Tricolor causava arrepios em seus adversários e alegrias no seu torcedor, dias longínquos, que a pouco e pouco, infelizmente, vão se apagando na memória da torcida.

E nada há de novo, nesses dias tristes, que faça acender no torcedor a esperança de que o futuro pode ser melhor. Comandado por gestores incompetentes, naufragado num mar de incompetência administrativa, sufocado por uma crise financeira sem precedentes, o Fluminense segue seu caminho como pode, apenas na força de abnegados jogadores e da torcida, como aquela que, em certos momentos, calou 90% do estádio de São Januário. Esse é o principal e mais valioso patrimônio do Fluminense, essa é a esperança de que algo possa ser feito para que nossos rumos sejam diferentes daqui por diante, é nela que eu deposito a única esperança de ver meu Clube gigante novamente.

Dentro de campo, o Fluminense pós-Copa de Marcelo Oliveira, não apresentou nada de especial contra o Vasco. Exceto por Digão, a velha novidade, o que se viu foi um time com pouquíssima inspiração e organização, retornando ao tradicional 4-4-2, que não imagino ser o melhor para o Flu, com o elenco que tem. Perdeu dois zagueiros que vinham se firmando, trouxe outro cuja qualidade técnica nunca foi nem passou perto da unanimidade. Dodi e Léo são dispensáveis, mas estes ninguém quer. Douglas foi embora por uma ninharia. Veio um cascalho do Corinthians. Assim, o Fluminense vai precarizando seu elenco, tornando-o a cada dia menos qualificado. Sorte que ainda temos Pedro, nossa maior joia, não se sabe por quanto tempo.

Não sei o que esperar desse time. Não gostei da estreia de Marcelo, embora o empate não tenha sido um resultado ruim, sobretudo porque não perder para o Vasco nos últimos 30 anos jamais pode ser considerado um resultado ruim, mas não vi nada além do que via em Abel, aliás, vi bem menos do que vi nos primeiros jogos do Flu no Brasileiro. De toda a sorte, vamos dar tempo ao tempo. Foi só a primeira partida.

Enquanto isso, torçamos para que nosso inepto presidente peça as contas, ou seja afastado pelos malfeitos causados ao clube. O Fluminense precisa de quem o dignifique, não de vaidosos em busca de poder. Expurgar esse grupelho que infesta o Fluminense talvez seja nossa maior conquista desde o título brasileiro de 2012, que seja assim, que se abram novos caminhos para as grandes glórias sem o entrave de quem está há anos chafurdando o clube no lamaçal da incompetência. O Fluminense merece celebrar seus 117 anos livre dessa malta.

Panorama Tricolor

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