A outra estrada (por Walace Cestari)

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Vai começar o Carioquinha 17. Sabem o que isso significa? Nada, absolutamente nada. O primeiro semestre do futebol brasileiro vale muito pouco. Exceção feita à Libertadores, evidentemente. Mas, fizemos questão no ano passado de não estar nela. Agora é aproveitar esses meses para acertar o time.

Tenho lido muitas análises – empolgadas ou pessimistas – baseadas na partida contra o Criciúma, pela também inexpressiva Primeira Liga. Não dá para tirar nenhuma conclusão séria por uma partida. Ainda mais no começo de temporada.

Mesmo assim, as perguntas pertinentes são referentes ao segundo semestre: é time para brigar para não cair ou podemos surpreender? Será que conseguiremos ir longe na Copa do Brasil? E a Sul-Americana, com o que podemos sonhar?

Por isso, a primeira coisa é enxergar o Carioquinha e a Primeira Liga como pré-temporada de luxo. É nítido que temos um elenco limitado, mas na mão de Abel, creio que possamos sempre render mais do que se espera da lista de nomes.

Jogadas ensaiadas, vontade e aplicação… bem, conhecemos os trunfos de Abel e, dentro do clima de motivação que ele cria, pode ser que alguns jogadores rendam mais do que o esperado. Temos jogadores jovens, com muito potencial, como Leo, Pedro ou mesmo Douglas. E outros, como Orejuela e Sornoza que, bem adaptados, podem fazer a diferença.

Precisamos de algumas peças para montar o elenco (ainda desequilibrado, com vários jogadores para algumas posições e carência em outras), mas não temos dinheiro e já estamos usando a cota de Xerém. Equacionar isso não será muito fácil, por isso não dá para esperar reforços, mas espero que tenhamos senso para comprar boas apostas a um bom custo ou alguém experiente na posição dos garotos.

O começo de temporada já se inicia com um clássico. Que não haja cobranças sobre uma equipe em formação em um campeonato que nada vale. Deixemos Abel trabalhar com tranquilidade, extrair leite das pedras que temos não será nada fácil. Vitórias ou derrotas nesta fase valem muito pouco. Organizar a equipe é fundamental para jogarmos o Brasileirão com dignidade.

O Carioquinha é o quintal de treino. Nada mais. A verdadeira estrada é outra.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: wc

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3 Comments

  1. os classicos cariocas ainda tem visibilidade em todo o Brasil. Alem do mais temos que valorizar o que podemos ganhar. Nao va com as marias…r

  2. Embora o campeonato carioca tenha sido vilipendiado nos últimos 30 anos, ainda vale muito. Trata-se do campeonato mais tradicional do Brasil, não podemos deixar essa tradição morrer. Não podemos ir na onda da Fla-Press que desvaloriza o campeonato, mas o time deles já nos ultrapassou no somatório de títulos estaduais. E acho balela essa história de que o estadual é uma enganação, em 2012 ganhamos o carioca e o brasileiro com sobras.

    1. Rapaz, eu não gosto de regionais desde que o Brasileirão virou pontos corridos. Acho que é legal como torneio de pré-temporada e devia ter esse tom. Deixar os pequenos jogando e no final um mata-mata com os grandes só para dar ritmo à galera.

      Não dá para que esse campeonato esvaziado, disputado em gramados que colocam em risco nosso patrimônio e absurdamente deficitário possa jogar por terra qualquer planejamento anual.

      Por isso, o carioquinha de hoje não vale nada. Nem pode valer.

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