Estava, não estava? Fechamos 2012 com o tetracampeonato brasileiro e 2013 se anunciava como o possível melhor ano da história do Fluminense. O que aconteceu até aqui você já sabe: pré-temporada e planejamento mal feitos, queda no Carioca, queda na Libertadores e queda no rendimento. O que me deixa indignado nisso, é que eu tinha (e ainda tenho) certeza que os títulos estavam na nossa mão. Subestimamos o Botafogo e erramos além dos limites contra o Olimpia, que agora está na final. Estamos em julho e até agora não vimos o Fluminense jogar o que pode, o que deveria.

E quando um problema aparece, nunca está sozinho…

Dinheiro, que não faltava, passou a faltar na mesma medida que os cobradores apareceram. Solução: vender jogador. Novo problema: penhora do valor a receber. Foi assim com o dinheiro do Nem e deve ser assim, até segunda ordem, com o do Thiago Neves, que, aliás, só não foi vendido porque o Flu sabe que hoje esse dinheiro também seria bloqueado. Resta à diretoria tricolor fazer manobra política para conseguir colocar a mão na grana. Tem cartola em Brasília.

Casa nós não temos. Aliás, até temos. O Moarcyzão, que é nosso sem custo (a não ser o da manutenção). Foi oferecido e aceito de bom grado. É um estádio bacana, mas que implica em pouco público. A torcida local parece não se empolgar muito e são poucos os que saem do Rio e de outras cidades para ir ao jogo. Eu bato palmas para quem vai, mas entendo quem não vai. A situação e complicada e desanimadora. Em Brasília nós podemos lotar o Mané Garrincha, assim como faz o time de regatas. A cidade só perde para o Rio de Janeiro em sócios-torcedores. Mas parece que o Fluminense não consegue se entender com a Secretaria de Esportes do GDF. Aí, quando fica a cargo dos outros, viajamos até o Recife para jogar pra sete mil espectadores. Reabertura do Maraca dia 21? É ver pra crer. Não estou tão confiante disso.

Abel, Abel, Abel… Eu gosto do Abel. Mas ele e sua costumeira (e cada vez pior) teimosia estão criando vários Cains. Ele é quase um ídolo e teve sua permanência desesperadamente pedida pela torcida tricolor ao fim de 2012. Não quero que ele saia, ao menos não por enquanto. Mas ele precisa botar a mão na consciência e deixar de ser cabeça-dura. Gosta de dar murro em ponta de faca, como quem tem certeza que a faca vai entortar. Wágner de fato está muito bem, mas ele não é armador! É meia-atacante! Deco ou Felipe ou pelo menos o Eduardo precisam estar em campo para organizar o time. Rhayner virou xodó e merece muito vestir a camisa tricolor, mas ele deve sair para avançar o Wágner e entrar o armador. Se isso for feito será capaz de até esquecermos o Bruno.

Para mim esses são nossos três maiores problemas hoje, um para cada cor do pavilhão. É preciso solucioná-los para ser possível ir rumo ao penta, pois nem a sorte tem sido muito nossa amiga. Enfim, tenhamos fé, pois como canta Gilberto Gil: a fé não costuma falhar.

ST!

Nos acréscimos

– Jean e Cavalieri não estão bem. Precisam de uma atenção extra. O Flu não pode deixar eles ficarem em baixa.

– Fred está vivendo seu melhor momento na Seleção e Sóbis está vivendo seu melhor momento no Flu. Não podemos deixar isso escapar.

– Gosto do Atlético de Minas, mas por tudo o que sua torcida fez ano passado, sou muito Newell’s Old Boys hoje.

Rodrigo César, o Rods

Panorama Tricolor

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Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com