Marco Antônio Feliciano, um dos maiores jogadores da história do Fluminense, completa 74 anos neste 06 de fevereiro. Campeão Carioca pelo Tricolor em 1969, 1971, 1973 e 1975, Campeão Brasileiro em 1970 e também mundial pela Seleção Brasileira na Copa do México.
Sobre a história do lateral esquerdo no Fluminense, este PANORAMA convidou Antonio Gonzalez, da Frente Ampla Tricolor, para um depoimento de quem viu o craque de perto em ação:
“Falar de Marco Antônio é falar de minha infância. O começo desse amor imenso de mais de seis décadas pelo Fluminense.
Estive presente quando Marco Antônio estreou no Fluminense pelas mãos de Telê Santana em 1969, vindo da Portuguesa Santista para a base tricolor. Ao subir, tomou conta da lateral e foi um jogador muito, mas muito além de seu tempo. Campeão Carioca em 1969 e Brasileiro em 1970, sendo um lateral artilheiro. Em 1971 foi decisivo contra o Botafogo. Em 1973 fez jogadas maravilhosas – quem tiver curiosidade, veja o vídeo da final carioca daquele ano, 4 a 2 sobre o Flamengo. Depois de 1975, novamente campeão, sai do Fluminense e vai para o Vasco.
Curioso é que ao chegar à Seleção Brasileira, o treinador Cláudio Coutinho mostra a verborragia do “ponto futuro “, que o Fluminense já fazia com Gil e Rivellino, e o “overlapping”. Se vocês olharem o primeiro gol do Fluminense na final de 1973, com Marco Antônio e Lula, ali estava o tal overlapping, nada mais do que era do que a ultrapassagem do lateral.
Marco Antônio merecia mais. Deveria ter ido à Copa de 1978. Em 1970 foi prejudicado pela juventude e Everaldo acabou entrando. Em 1974 coincide com a melhor fase de Marinho Chagas. Na Copa da Argentina, Coutinho deixou de convocar Pintinho, Falcão, Marco Antônio e Paulo Cezar Caju. Com esses quatro jogadores titulares, nem com ditadura, nem com militares comprando o time do Peru, o Brasil teria sido tetra em 1978.
Marco Antônio é o maior lateral esquerdo que vi jogar no Fluminense. Depois dele, vem o Branco. A seguir, o Marcelo.”