“Do lado esquerdo do peito, um pouco abaixo do radinho de pilha, o escudo protege o coração Tricolor. E o escudo sorri (…)” (Pedro Bial)
“(…) contemplo sem pressa a paisagem das Laranjeiras, lugar que parece te abraçar sem ser personificado – ainda que, para mim, Fluminense, seu escudo pareça ter um largo sorriso”. (…) – Eric Costa, Panorama Tricolor, 2015.
Hoje ele chora.
Jogo as 19hs, véspera de feriado e apenas oito mil presentes. Sabemos que existem os torcedores das melhores horas e isso não é algo específico da nossa torcida, mas como cobrar o comparecimento em massa?
Todos os dias, abrimos os jornais ou sintonizamos em programas esportivos e damos de cara com notícias de dívidas, salários atrasados, rodízios de funcionários, plano de saúde cortados e até a tal redução de proteínas.
A situação no campeonato brasileiro tem sido apenas um reflexo do que tudo que tem acontecido no clube. Aquela vontade de assistir os jogos e acompanhar as notícias tem ficado adormecida no cantinho da gaveta, do ladinho da camisa, mas continuamos, entre trancos e barrancos, pelo amor à instituição centenária.
O medo maior é ouvir alguém dizendo “o último a sair, por favor, apague a luz”.
Como explicar aos filhos e netos aquele clube forte que eu acompanhei? O que superou tantas dificuldades, mesmo quando todos nos davam por vencidos.
Com essa geração de imediatismo e que vive totalmente do presente, como explicar os motivos a ser torcer pelo Fluminense quando na prática tem sido tudo oposto ao que gostaríamos de ver acontecendo?
Sai presidência, entra presidência e o fundo do buraco nos parece cada vez mais próximo. Talvez votemos errado, talvez não tenhamos candidatos preparados para o cargo ou talvez não tenhamos alguém que não trate o Fluminense como apenas negócios. Acima de qualquer papel ou dinheiro, o clube segura milhões de corações Brasil afora.
Quando teremos à frente alguém que realmente se importe? Sabemos que ninguém chegará e resolverá todos os nossos problemas do dia para noite, que nos faça vencer todos os jogos ou até mesmo, levar todos os campeonatos disputados. Mas o coração tem pedido arrego todos os dias, tem gritado e pedido demais, por não ser obrigado a ver tanto descaso, tantos problemas, enquanto outros clubes crescem, se reforçam, mantém estádio próprio entre tantas outras coisas, as quais, nós também deveríamos sentir.
Um clube com tanta história, com tanta tradição, que chega a ser covardia a maneira a qual tem sido levado por tantos anos.
Queremos, sim, lotar os estádios, cantar com toda força e garra, vestir a camisa e sentir orgulho por isso. Mas também queremos ver um time competitivo e principalmente, uma gestão que se importe e que trate com pelo menos um por cento do amor que temos pelo Fluminense.
O que esperamos é que não deixem chegar ao “tarde demais”…
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @iseffc
Realmente triste. O que mais dói é o descaso. O descaso com todos que escolheram por livre e espontanea vontade torcer pelo Fluminense. Claro que queremos ser campeões mas se tivermos comprometimento, entrega, amor de todos que estão no clube já nos consideraremos felizes pois, com certeza com essas caracteristicas seremos muitas vezes vitoriosos.
Lembrem-se, bastou um pouco de organizaçao e entrega com 2 maravilhosos tecnicos e fomos 2 vezes campeões brasileiros e uma com varias rodadas de…