“Escravos de Jó jogavam caxangá.

Tira, bota, deixa o Luxemburgo ficar…”

Não, não deixa! Ou melhor, não deixou. Nesse jogo do poder, ponto para Peter Siemsen, que resolveu peitar Celso Barros e Rodrigo Caetano e não permitiu a continuidade do “pofexô” no Fluminense. Ainda no meio da tarde, o Panorama Tricolor cravou a queda do Luxemburgo, mas a mídia convencional comprou e vendeu a história de que ele fora demitido e depois mantido. Para o público a confirmação enfim veio durante a noite. No exato momento em que escrevo esta coluna, acontece uma reunião na casa do presidente da Unimed com o objetivo de escolher um novo técnico e de debater o futuro.

Aí começa o debate generalizado. Aparentemente os primeiros nomes levantados foram: Dorival Jr, Caio Jr, Jorginho Sobrancelha, Marquinhos Santos e Celso Roth. Todos vetados. Veio também a informação de que deve ser um perfil conciliador, que una o grupo. Alguém de fora. De fora? Talvez Levir Culpi, talvez Nelsinho Baptista. Ainda levantou-se a possibilidade uma volta do Abel, que não chegou a um acordo com o Internacional. Para completar, a Rádio Globo cravou que tem que ser alguém que já está no Rio e que poderia ser anunciado e apresentado amanhã (quarta-feira).

É bom lembrar que este é mais um capítulo de uma briga por poder dentro do Fluminense (futebol). Vai além da crise atual. Quando fomos eliminados da Libertadores, Celso Barros pediu a cabeça do Abel e pôr Renato Gaúcho no lugar. Peter fincou o pé e manteve o treinador. Depois, não teve escolha a não ser engolir o Luxa. Por mais que os dois (Peter e Celso) hoje se entendam melhor, no começo houve grande desgaste. Peter Siemsen nunca escondeu que queria retomar o futebol para o clube. E nunca mediu esforços. Agora chegou a vez dele de se impor. Peitou, demitiu e fez a vontade de boa parte da torcida.

Sejamos sinceros, Vanderlei Luxemburgo tem suas qualidades. Não espera demais pra mexer, entende de futebol e conseguiu realizar o “setembro mágico”. Mas errou a mão e também realizou o “outubro negro”. Achou que o time era seu para brincar de massa de modelar. Mas o alquimista exagerou em tentar transformar chumbo em ouro. Quis fazer muito e fez besteira.

Algumas fontes dizem que ele respeitava os veteranos, mas não era respeitado. Dizem também que ele abusava das broncas nos jovens e não se cansava em jogá-los de um lado para o outro no campo, coisas que os deixaram muito insatisfeitos. O fato de ser flamenguista confesso nunca foi o real problema. Ele perdeu foi o controle do vestiário. Sua última cartada foi pedir para mostrar seu trabalho no Fla-Flu. Nunca saberemos.

Agora nos resta torcer para vir alguém capaz de fazer um bom trabalho. Capaz de incentivar o elenco, de fazer os jogadores terem sangue nos olhos e jogarem as últimas rodadas como se não houvesse amanhã a começar do Fla-Flu.

Pode ser que enquanto você estiver lendo ou mesmo antes disso, tudo esteja definido ou até desfeito. Vai saber?

Façam suas apostas!

ST!

Em tempo:

– Meu chute pessoal? Levir Culpi. Ele já foi procurado anteriormente, lembram?

– Não sou e nunca fui contra a Unimed. Só acho que quem deve mandar no futebol é o Fluminense e mais ninguém.

– Dizem pelas Laranjeiras que um dos principais articuladores da queda do Luxa foi o Fred. Será que agora ele joga o Fla-Flu?

Nota de atualização

Luxa comandou o treino normalmente nesta manhã. Aparentemente foi mantido ao menos até o Fla-Flu por força da patrocinadora. Quem viver, verá.

Panorama Tricolor

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Foto: divulgação