Salvou-se ninguém.

Triste, mas verdade. Aliás, o Campeonato Carioca deste ano, ou melhor, o Euricão 2015 foi natimorto. Eu torci para vencermos? Claro. Eu torci para fazermos uma final com Fla-Flu? Lógico. Eu torci para mantermos a escrita do ano 5? Definitivamente sim. Mas essas águas turvas deixavam uma mensagem muito transparente: essa é do Vasco. Quem me conhece, sabe que eu disse isso antes mesmo da primeira rodada.

Fico triste pelos bons amigos que tenho nas torcidas dos dois finalistas, especialmente pelos botafoguenses. A diretoria da Estrela Solitária assumiu uma nau afundando e tinha que fazer uma opção, um grito de socorro por um salva-vidas. Gritou para o lado da federação, acreditando que a força política estadual daria algum fôlego a eles.  Gostaria de vê-los ao nosso lado, honrando os grandes nomes que vestiram sua camisa. Em uma semana e meia serão premiados com o Troféu Bucha Carioca para logo depois, aposto, enfrentar o ano mais difícil de sua história.

Já a torcida do “best friend forever” da federação está comemorando, especialmente por ter devolvido o “roubado é mais gostoso” ao Flamengo. Porém, falta um pouco de conhecimento da própria história recente. Realmente, o Vasco ganhou vários títulos durante os primeiros reinados do Eurico. Mas a conta paga, em parte, por Roberto Dinamite já foi esquecida fácil assim? Ouso dizer que os juros ainda existem e que, em breve, nem haverá onde se segurar.

Ah, mas ao menos a vitória deles contra o Flamengo teve um lado bom. Ninguém tenta mudar o status quo quando está vencendo. Podemos contar – ao nosso lado ou não – com o time de remo contra a Ferj.

Sobre isso, eu repito: uma guerra de cada vez. Que briguemos juntos contra a federação, que nos juntemos a outros times insatisfeitos, que criemos a liga e que, então, voltemos a combatê-los.

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E agora, Fluminense?

Agora é tentar consertar o que erramos ao iniciar a renovação. É altamente improvável que o Drubscky não seja mantido, então precisamos correr atrás de ao menos três nomes certeiros para se juntar ao Pierre. Um reserva para o Fred, um jogador de velocidade e um real meia de criação. Este, principalmente, porque nosso “10” atual parece estar cavando sua saída. Se já era óbvio seu descontentamento, há indícios, segundo Gustavo Albuquerque em seu twitter, que o Wagner anda de cabeça quente demais, brigando com quem pode e com quem não pode.

Agora é esperar que até o dia 9 de maio as providências esperadas sejam tomadas nas Laranjeiras. Em tempos onde pretensos funcionários do Clube agem contra um dos maiores escudos tricolores, um pouco de “iluminação divina” será muito bem-vinda.

ST!

Panorama Tricolor

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Imagem: Timothy H. O’Sullivan / Getty Museum