Amigos, amigas, o Fluminense entrou em campo com: Marcos Felipe; Calegari, Nino, Frazan e Egídio; Martinelli, Yago, Nenê, Lucca e Luis Henrique; Fred.
Traduzindo: 4-5-1. Cinco homens fazendo a função de meias, alguns por dentro, outros pelos lados, tentando preparar jogadas para um único atacante.
Lembrando o que aconteceu ao longo de 2020, começamos o jogo pressionando o adversário, roubando bolas e até criando oportunidades de gol. Um cenário que durou menos de dez minutos.
O mesmo aconteceu no segundo tempo. Para nossa sorte, Fred acertou sua primeira finalização, de cabeça, e empatou o jogo, pois o Vasco já abrira a contagem no primeiro tempo, meio que espantado com a inoperância do Fluminense em todos os fundamentos do jogo.
O que estamos presenciando é um ensaio para o vexame. Nosso time parece time de pelada. Ah, mas é o time que terminou a temporada passada, exceto pela ausência de Lucas Claro.
Então vamos esperar o retorno de Lucas Claro como quem espera por um Messias. Enquanto isso, a gente taca pedra no Frazan, fechando os olhos para a realidade que nos sufoca desde o ano passado.
Para que contratamos Roger se era para montar o mesmo time idealizado por Marcão? Aonde está o problema?
Pois o problema está nas diretrizes, sendo a principal delas montar um time para dar suporte à presença de Nenê e Fred, que acertam uma ou duas jogadas numa partida e são transformados em heróis, enquanto os outros se sacrificam.
Não era de se estranhar que a primeira substituição, feita no intervalo, fosse colocar Gabriel no lugar de Lucca. Fosse porque Lucca, jogando onde está jogando, só atrapalha quando o time precisa construir, fosse porque a substituição óbvia é sempre tirar um homem de lado para sacrificar outro.
Não é de se estranhar que tenha entrado o Kayky no lugar do Luis Henrique, quando todo o bom senso do mundo recomendaria que os dois jogassem juntos desde o princípio da partida.
É preciso que a gente entenda que o que conseguimos no Brasileiro de 2020 não é consequência dessas diretrizes, mas dos momentos em que elas foram rompidas pelas circunstâncias.
Roger está perdendo tempo precioso e sabe disso, porque não nasceu ontem. O Flamengão, enquanto pré-temporada, não nos acrescentou rigorosamente nada, porque não houve teste de verdade.
Só mesmo o mais ingênuo dos tolos poderia pensar que teríamos uma transformação nessa equipe. Nada! Nem esquema tático, tampouco as peças.
Não teria havido nenhuma injustiça se o Vasco houvesse vencido a partida. Fomos alvo fácil da artilharia marítima durante quase todo o segundo tempo, primeiro, porque insistíamos numa formação lenta e equivocada, depois, porque as substituições foram feitas quando o time já estava impotente em campo.
Aí coloca os moleques e tenta decidir na correria, nitidamente sem treino e sem proposta de jogo.
Se é para isso, não precisa de técnico, é só seguir o manual do fracasso, que já nos assombra nesse início de ano, não pelos resultados, mas pela falta de um único sinal de que estejamos preparando uma equipe competitiva para a Libertadores que está batendo na porta.
É muito ruim olhar o time em campo, ver o que o treinador faz e ficar com aquela sensação de impotência e frustração, mas é isso que o Fluminense de Roger está entregando nesse começo de temporada: muita frustração.
Não esperem de mim qualquer análise tática. Eu já analisei isso há pelo menos uns seis meses. Não mudou praticamente nada.
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O Lucca até poderia render nesse time fazendo dupla de ataque, mas aí não pode, porque o esquema só permite um atacante e o Nenê livre para prender, perder e deixar o adversário passar.
Saudações Tricolores!
Eu juro que ri com o comentário.
É a metáfora quase perfeita e eu ainda não achei aonde está o quase.
ST
Havia tanto espaço no meio campo do tricolor ontem, que poderiam passar um desfile de 7 de Setembro por ali, sem correr o risco de trombar com alguém com a camisa do Flu.