Editorial – A Libertadores e um presidente sem tempo de bola

Depois de oito anos, o Fluminense finalmente volta à Copa Libertadores, ainda que desta vez sem o peso de um título, tal como em 2008, 2011 e 2013. A boa colocação no Campeonato Brasileiro assegurou a vaga pelo menos em sua fase preliminar. Agora, é o momento de três grandes vitórias para assegurar a presença na fase de grupos, cabendo os parabéns aos jogadores e à comissão técnica.

E justamente no momento em que a força da torcida do Fluminense é importante para os objetivos do clube, seu presidente mostra toda a sua falta de timing político, sugerindo subliminarmente uma divisão entre quem “ama o clube acima de tudo” ou não. Prestes a completar dois anos no cargo de presidente, ainda não entendeu que não é atribuição sua a determinação de quem possa ser “mais” ou “menos” tricolor.

Também é difícil para o presidente compreender que milhões de tricolores torcem para o clube, mas não dão procuração a nenhum dirigente para atos no mínimo questionáveis – e o Fluminense, apesar de sua boa campanha, está longe de ser um clube reconhecido por sua eficiência administrativa. É desnecessário falar de Evanílson, Marcos Paulo, Metinho, Kayky, Felipe Uruboso e outros.

A hora é de alegria para todos os tricolores, queira o presidente ou não. Só que essa mesma alegria não significa alienação sobre o que acontece no dia a dia do Fluminense.

De resto, que o Tricolor consiga confirmar sua vaga na fase de grupos da Libertadores e que, dentro de campo, o time mostre um tempo de bola melhor do que o do presidente nas redes sociais.