Com total discrição e um constrangedor silêncio da grande mídia esportiva, este início de semana marcou o sétimo aniversário de um dos maiores escândalos da história do futebol brasileiro, coberto à exaustão por este PANORAMA.
Sete de dezembro de 2013, Maracanã, Flamengo x Cruzeiro, última rodada do campeonato brasileiro. O time rubro-negro escala irregularmente o lateral esquerdo André Santos. O flagrante delito aponta a perda certa de pontos que podem custar ao time da Gávea o rebaixamento para a Série B, conforme o resultado de outros jogos no dia seguinte. Informações dão conta de uma verdadeira briga no vestiário do clube durante o intervalo da partida, com direito a cadeiradas, dado o desespero da situação. Tudo devidamente informado pela Super Rádio Tupi.
E então acontece o maior lapso de memória da imprensa esportiva brasileira em todos os tempos: nenhum veículo de comunicação noticiou os fatos nem no pós-jogo nem no dia seguinte. À época, um respeitado jornalista esportivo carioca declarou que ninguém havia percebido o fato. Nunca o deboche foi tão explícito na mídia do futebol brasileiro.
No domingo, a cereja do bolo: ainda que a grave situação de sábado tivesse sido omitida dos noticiários, quem poderia garantir que não viria à tona? E aí o realismo fantástico ganha formas impressionantes: nos minutos finais de seu jogo, a Portuguesa de Desportos escala irregularmente o jogador Héverton em sua partida contra o Grêmio. Por incrível que pareça, exatamente o que o rival da Gávea precisava caso viesse a punição do STJD, toda como certa e que se confirmou sem dúvida.
Naquele domingo, Fluminense e Vasco lutavam contra o rebaixamento. Caso a manchete do caso André Santos não tivesse sido suprimida dos noticiários, os dois times teriam entrado em campo com situações completamente diferentes das que enfrentaram. Sem a notícia, apenas um dos dois poderia se salvar matematicamente.
A hipocrisia da imprensa esportiva chegou a tal ponto que o Fluminense foi declarado “rebaixado no campo” após o encerramento da última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013. Contudo, o que aconteceu dentro de campo na véspera – e que mudaria todo o contexto da rodada final – foi “ESQUECIDO”.
Até hoje ninguém entende como a partida Vasco x Athletico, marcada por uma pancadaria generalizada entre torcedores num estádio sem polícia, foi retomada depois de longa paralisação. É simples: se uma única mente jornalística tivesse reunido os fatos e a partida fosse adiada, uma manchete como “Vasco joga para se salvar e pode rebaixar Flamengo devido ao Caso André Santos” seria uma bomba atômica no futebol brasileiro. A sequência de coincidências precisava deste último elemento para se sustentar.
Dias depois, o Fluminense – que venceu o Bahia no campo e não escalou nenhum jogador irregular – começou a sofrer o maior linchamento midiático da história do futebol brasileiro. À medida que o tempo passou, as cracatoas das redações e estúdios se calaram: é que o endereço da trapaça não ficava em Laranjeiras. Mais uma coincidência: a do silêncio coletivo de pelo menos dezenas de jornalistas esportivos, idêntico ao daquele 07 de dezembro de 2013, quando ninguém se lembrou do que havia acontecido naquele jogo no Maracanã.
Vergonha maiôs eh a diretoria do Fluminense não criar algo midiático que carimbasse essa falcatrua : tipo -Flamengo pague a série B . O MP comprado ou ou cúmplice por agirem como torcedor , como tudo acontece com as causas do Flamengo , tb se esvaziou . Vergonha
A partir desse evento o que era disfarçado virou explícito, escancarado e debochado …
A grande imprensa assumiu de vez sua preferência, sem escrúpulos, pelo bando da lagoa !
Viva a internet e as redes sociais, por meio delas podemos acompanhar o nosso Tricolor sem ter que passar pelo desconforto digestivo de aturar essas criaturas distorcendo e omitindo os fatos para garantir seu emprego.
Saudações Tricolores !