Editorial – O amadorismo da imprensa segmentada do Fluminense

O episódio gravíssimo do ataque cibernético criminoso ao PANORAMA, ocorrido na semana passada, dá exatamente o tom do que é hoje o universo da chamada imprensa segmentada tricolor.

O assunto foi silenciado por praticamente todos os “grandes” veículos de comunicação sobre o Fluminense. As aspas se justificam, porque tal grandeza só existe no volume de acessos por conta do copy paste diário que os mesmos praticam. Fora da reprodução de notícias da grande imprensa convencional, todos são nanicos. Sem contar que, em muitos casos, o dito jornalismo não passa de fofocas, factóides e achismos sem embasamento, sustentados pela ilusão da grande audiência adquirida com likes comprados e conteúdos tão grotescos que mais parecem gossip shows.

Por essas e outras práticas, PANORAMA e CANTINHO praticam relações de parceria bastante seletivas. A imprensa não pode ter intimidade duvidosa com o poder constituído, nem alugar suas opiniões, ao menos para quem tem bom caráter. A imprensa tem obrigação de prestar serviços, denunciar mazelas e oferecer propostas de solução. Não basta um diploma furreco: é preciso ter conteúdo e talento, o que a maioria não tem.

Contudo, em nenhum momento houve surpresa com o silêncio coletivo desse dito segmento jornalístico diante do crime. O PANORAMA já tem 12 anos nisso e sabe quem é quem. Gente que só falta se insinuar sexualmente em cafés da manhã em troca de fama(?). Gente falsa, mesquinha, que faz jogo baixo e troca mais de alianças do que de roupa íntima. Gente cheia de arrogância que sequer percebe o quanto é cafona, incapaz de produzir qualquer pauta jornalística que não seja sobre o clube, por simples indigência intelectual. Felizmente há exceções, mas são minoria.

O PANORAMA segue seu caminho. É o maior arquivo de opinião independente e própria feita sobre o Fluminense no século XXI. Maior também se comparado com os grandes clubes brasileiros. A equipe de cronistas atuais e passados pela casa é responsável por quase 40 livros sobre o Fluminense. Criou o programa feminino tricolor pioneiro da internet. Há 12 anos tem produzido milhares de conteúdos em vídeo e centenas em áudio. Nunca procurou o sucesso pelos likes, mas por seus conteúdos, elogiados por torcedores não apenas do Fluminense, mas de diversos clubes brasileiros e até do exterior.

A casa da literatura tricolor dispensa amadores e deslumbrados, mas agradece a milhares e milhares de tricolores de todo o país. Muito obrigado de coração pela solidariedade e apoio. O resto se vê pelo retrovisor.