A se confirmar verdadeiro o sentimento da alta cúpula do Fluminense, ao entender que as críticas à contratação do lateral Diogo Barbosa têm fundamento de oposição política no clube, raras vezes se terá testemunhado uma estupidez tamanha nas Laranjeiras – e olhe que é longe de ser a única.
Estupidez na acepção da palavra.
Estupidez no desprezo à boa parte da torcida, cada vez mais farta de ver encalhes de outros clubes tirando o lugar dos jovens da base, por interesses que em nada favorecem o Fluminense, mas deixam empresários e satélites com grande satisfação.
Estupidez ao não entender a grandeza de um clube que não pode ser refém de planejamentos mambembes, e que só deveria contratar jogadores com capacidade comprovada de render como titulares.
Estupidez na raiz do conceito, já que tudo é política. Este editorial é um gesto político. As notas oficiais do clube também são. A vida é política.
Estupidez ostensiva, o que infelizmente não chegaria a surpreender ninguém.
Diogo Barbosa merece respeito como cidadão e jogador, mas isso não quer dizer que o torcedor tricolor tenha obrigação de engolir um atleta que sequer é titular em seu clube de origem.
O mesmo torcedor que está de saco cheio de ver a lateral esquerda como um loteamento de aves exóticas, tais como os últimos jogadores de empresários que se revezaram na posição nos últimos anos.
O mesmo torcedor que apoia o Fluminense, inclusive financeiramente com associação e ingressos, mas que não se alinha com as farsas burlescas e lorotas produzidas pelo clube, tais como a teatral aprovação das contas tricolores, cujas ressalvas chegam a ser constrangedoras.
Torcer não é abanar o rabo. Torcida não é claque. Paciência tem limite.
Tomara que a suposta impressão da cúpula tricolor não passe de fake news.
Tomara.