Não me lembro da última vez em que as expectativas foram tão altas para uma temporada. Sim, ao contrário de outros tempos, quando mal se visava a uma Sul-Americana ou a uma classificação para a Libertadores, desta vez o objetivo é maior, muito maior, é a própria Libertadores.
A esperança Tricolor vem da manutenção de um time que teve um bom desempenho em 2022, da contratação de alguns reforços (pontuais) e, sobretudo, da presença de Fernando Diniz, o que dá ao sistema de jogo do Fluminense, ou melhor, do próprio Diniz, um amadurecimento necessário para que evoluam o time e seu técnico.
O torcedor quer ver grandes jogos, e vimos alguns em 2022, mas, especialmente, deseja que o Dinizismo produza os resultados esperados, que são os títulos. E há, pelo que foi feito até aqui, boas razões para acreditar nisso.
É claro que não temos dois times de modo a revezá-los durante as competições, a partida contra o Nova Iguaçu deixou isso bem nítido. Mas, entre as contratações, há um ou dois que já podem integrar o time titular de imediato, conferindo ainda mais força a uma equipe que já é boa.
E, por outro lado, embora a falta de entrosamento entre os novos contratados possa atrapalhar inicialmente o desempenho do chamado “time reserva”, certo é que há novas e qualificadas peças de reposição no elenco, o que dá tranquilidade ao técnico para substituições pontuais sem a necessidade de se mexer sensivelmente na estrutura e no esquema do time.
Temos, portanto, um conjunto, não de dois times prontos, mas de um bom time com boas peças de reposição, o que é muito importante para as competições mais curtas, assim como a Libertadores.
Hoje, aquele Tricolor mais antigo, como eu, cantarola mentalmente a canção tantas vezes entoada pela Torcida Tricolor, “sorria, sorria, é tempo de sorrir, sorria, sorria pra chuchu, que o campeão é o Flu e o resto….”, como uma espécie de predestinação. Fiquemos, assim, cada vez mais doidos da cabeça com as apresentações de Arias, Cano, Ganso e cia, e com a possibilidade concreta de que Diniz e o seu sistema antimonotonia prevaleçam em 2023, trazendo-nos títulos, sobretudo aquele mais aguardado, que é a conquista das Américas.