É estratégia! (por Mauro Jácome)

É estratégia

Agora tenho certeza. Não me restam mais dúvidas. Depois de tanto ouvir que o time de Abel tem sorte, comprovei que não há sorte, mas estratégia. Como?

Para escrever minhas resenhas sobre os jogos, faço anotações para me lembrar, cronologicamente, do que aconteceu em campo.

Amigos, posso preparar as anotações antes dos jogos começarem. As coisas se repetem com pequenas alterações nos tempos e nos fatos. Há exceções? Claro. Para tudo na vida, há. O jogo contra o Atlético-GO é um exemplo. No entanto, em regra, os jogos se dividem em três fases: pressão, controle/gol e apego ao resultado. São mais ou menos assim minhas anotações:

2’ – pressão do adversário;

5’ – Cavalieri sensacional;

8’ – Cavalieri de novo…

10’ – Flu sem saída de bola (ou “Flu não vê a bola”);

15’ – Pressão diminui e Flu começa a sair para o jogo;

18’ – Cadê os laterais? Thiago Neves sumido;

20’ – Flu perde uma boa oportunidade. “Prestenção, Nem”;

22’ – Flu tem o controle do jogo, mas falta aquele passe!

24’ – Edinho jogando bem. Incrível! (até uns 6 jogos atrás, nessa anotação tinha um complemento: “foi só falar…”)

25’ – Cadê o Bruno? Thiago Neves sumido;

Entre 25’ do 1ºT e 15’ do 2ºT – Fred, Fred, Fred… Sempre ele;

15’ do 2ºT – Cadê o Bruno? (exceção feita ao jogo contra o Bahia);

18’ – adversário sentiu o gol;

20’ – recomeça a pressão;

22’ – Thiago Neves sumido;

– Galera, não vai tomar um gol logo em seguida, né? – isso é só um grito. Não anoto isso não.

25’ – Gum se desdobra para evitar o gol e quase marca contra. O zagueiro está tendo muito trabalho, mas ganha quase todas. Quando passa, Cavalieri pega.

26’ – Abel já pensa no resultado: entram Wagner (para dar gás ao meio-campo) e Marcos Júnior (para puxar os contra-ataques porque o Nem cansou);

29’ – Cadê o Bruno? (exceção feita ao jogo contra o Bahia);

30’ – Carlinhos perde uma bola boba numa ótima chance de contra-ataque. Ô lerdeza…

32’ – Thiago Neves sumido, mas perigoso na bola parada-em-movimento;

35’ – Fred joga de zagueiro;

Neste ponto do jogo, é preciso separar dois momentos no campeonato. Até o recente Fla x Flu:

38’ – Entra o Diguinho. Ai, meu Deus!

40’ – Não, Diguinho. Falta aí não…

42’ – Agora, lascou…

Depois do Fla x Flu:

38’ – time se defende e tenta o contra-ataque com o MJ

40’ – jogo lá e cá

42’ – pressão, mas o Flu controla o jogo

Desde o começo do campeonato:

43’ – Cavalieri sensacional…

45’ – escuto meu coração…

Fim de jogo – Ufa! Ufa!

É ou não é estratégia?

Carioca 2013

Vocês viram a fórmula do Campeonato Carioca de 2013? Em vez de Taça Guanabara ou Taça Rio, os turnos poderiam ser chamados de “Nada Está Tão Ruim Que Não Possa Ser Piorado” I e II.

Caramba! Ingenuamente, pode-se perguntar: será que não percebem que o excessivo número de “times” e, consequentemente, o excesso de jogos nos regionais ajudam a impedir que os grandes clubes do futebol brasileiro deslanchem de vez? Claro que percebem. Essa política de inchaço dos estaduais é a sobrevivência das federações. A turma que as comanda depende mais de Audax, Quissamã, Resende, Boavista, Macaé, entre outros, do que de Fluminense, Vasco, Flamengo e Botafogo. Infelizmente, essa é a lógica de poder entre CBF x Federações x Clubes.

Por outro lado, os clubes não saem desse círculo vicioso por algumas razões. Primeiro, ficam amarrados pelo jogo político das federações: “se não me apoiar eu te ferro” – e ferram mesmo, sabemos. Segundo, pela própria estreiteza gerencial dos dirigentes. Ainda, pelas vaidades pessoais ou por burrice mesmo.

Lembro que o presidente Peter tentou mudar o curso desse rio. Esboçou um anteprojeto de novo formato de campeonato e apresentou aos outros três grandes clubes do futebol carioca. No entanto, pelas razões enumeradas anteriormente, ninguém quis fazer coro. Não sei a quantas anda a ideia, mas, mais do que nunca, os clubes precisam se unir para fazerem valer suas grandezas e ambições. Caso contrário, em plena disputa da Libertadores, seremos obrigados a assistir ao time reserva do Fluminense, numa quarta-feira à tarde, duelar contra o Rezende. Acordem!


Maracanazzo à vista

As goleadas sobre a China (8×0) e Iraque (6×0) deixaram o mundo em desespero. 2014 está aí e essas vitórias acachapantes deixaram os concorrentes perplexos e desanimados para tentar tirar o título das mãos dos Manos.

Agora, falando sério, vi o jogo entre a Argentina e o Uruguai, pelas Eliminatórias. Messi, Aguero, Di Maria e Higuain colocaram a bola no chão e deram um baile. Depois de algum tempo de desconfiança sobre o rendimento de Messi na seleção, o que se vê é um jogo que, cada vez mais, vai se soltando. Passes rápidos, de primeira, em velocidade, deslocamentos, habilidade, visão de jogo são ingredientes que transformam o time em fortíssimo candidato a dar a volta olímpica na próxima Copa.

Enquanto isso, no outro lado do Atlântico…

Sei não, se não houver uma radical guinada no rumo do “escrete canarinho”, principalmente na sua política e no seu comando, a vaca vai para o brejo de verde e amarelo. Imagina o que poderia acontecer com o “Orgulho Global Galvanizado” se uma segunda seleção sulamericana sair, do Maracanã, com o caneco nas mãos?


Uma ilha

Em meio ao oceano de bobagens que se ouve daqueles que querem, por motivos pessoais, turvar a campanha do Fluminense ou encobrir suas fragilidades, existem algumas ilhas que conseguem raciocinar “pelas próprias pernas”.

Vale conferir a coluna no blog do Evaldo José, da CBN: http://evaldojose.com.br/apenas-sorte-e-erro-da-arbitragem/.

Mauro Jácome

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

Revisão: Rosa Jácome