Deus te livre, leitor, de devaneios fora de hora.
Lendo as notícias sobre o Fluminense, vinculadas pela mídia auto-intitulada especializada no futebol, dá a impressão que o clube se tornou uma empresa familiar. Nada contra a família Zanzibar, que se diga.
Jogador é contratado no México através de apadrinhamento de outro jogador, outro volta a jogar com Diniz por causa do lobby da família, outro retorna ao Tricolor graças aos números surpreendentes, algo do tipo três gols em 100 anos.
Enquanto isso, Edinho pode estar de saída para o Avaí, porque lá o jogador conquistará um nível de experiência que no Fluminense não conseguiria. Jefté foi emprestado ao Apoel para não ser sombra dos maravilhosos laterais Diogo Barbosa e Jorge, que abrilhantam o departamento médico do clube.
Tem jogador que apareceu mais vezes no Tricolor em Toda Terra do que no gramado, mas estou só divagando aqui, nada demais.
As contratações não são nem de longe excepcionais (embora possam dar um pouco mais de solidez ao elenco), mas já servem para que os simpáticos à gestão possam ter orgasmos antecipados.
A vitória contra o Inter deu uma apagada na lembrança da péssima fase recente do time. A torcida tricolor parece ter trocado o senso crítico que a caracterizava por um sentimento de carência afetiva exagerado.
Há uma necessidade quase infantil de transformar Diniz no melhor treinador do Brasil, o André no melhor volante, o Ganso no melhor meia e assim por diante.
Enquanto isso, Botafogo que não tem nenhum melhor do Brasil em nenhum setor do campo, lidera o Brasileirão com folga, e mostra do em campo aquele feijão com arroz que é o que sustenta mesmo.
Mas cá estou eu, perdido nos devaneios outra vez.
Deixe estar.
Quem sabe lá no final do ano, o time não seja campeão da Libertadores ou até do Brasileiro?
Aí vão dizer que eu estava errado, o que seria muito bom para todo mundo, não é mesmo?
Quem sabe?
Tchau.