O torcedor Tricolor, confiante no trabalho de Diniz, sinceramente esperava que as suas ideias inovadoras sobre futebol finalmente pudessem ser efetivadas nas cinco partidas que o Fluminense faz em casa, revertendo-se a péssima tabela que tivemos no início da competição.
Esta, talvez, tenha sido a última chance dada ao treinador por quem avaliava que os maus resultados, até então, decorriam da complexidade dos adversários iniciais, da perda de jogadores importantes, do VAR e do próprio azar. Eu, um deles.
Ocorre que, nem os sucessivos jogos em casa, diante da torcida, têm sido suficientes para que o time aufira bons resultados. Contra Ceará, Vasco e São Paulo, apenas um ponto e o Flu na zona de rebaixamento.
Contra números não há argumentos. Toda a boa intenção de Diniz de nada vale se não conquistar vitórias, como as que vêm conseguindo na Sul-Americana. O rebaixamento é uma das regras da competição nacional e isto não pode ser desconsiderado. Se não aproveita as chances de jogar ao lado de seu torcedor, em que momento esse time deslanchará no Brasileiro?
Pode ser que sequer aconteça e, logo, será tarde demais para se reverter a gravidade da situação num campeonato tão difícil como o nacional.
Por isso, embora Diniz seja um cara querido pelos Tricolores, é preciso reconhecer que não conseguiu dar efetividade às suas boas ideias. Outros treinadores, com desempenhos tão pífios, já teriam sido demitidos. Diniz só não o foi porque se agarra às esperanças na Sul-Americana, onde o Flu tem ido muito bem até aqui.
Mas é preciso sopesar se a manutenção do treinador por mais tempo será mais útil ou perniciosa ao Fluminense. Se cair na Sul-Americana, obviamente será demitido, mas se ganhar sobrevida a questão que se põe é: vale a pena manter Diniz – e a esperança de conquista de uma competição internacional – enquanto o Flu chafurda cada vez mais fundo no Brasileiro?
Esta é a questão que se põe. E outra, quem seria seu substituto? Penso que a atual direção já deve estar de olho por aí, afinal de contas, se Diniz cair, é preciso já ter um nome engatilhado.
Eu preferiria, sem dúvida, que nosso treinador acertasse a mão, corrigisse os defeitos de seu esquema e engrenasse uma boa sequência de vitórias no Brasileiro, mas isso me parece algo bem distante, sobretudo porque, nem dentro de casa, o Fluminense tem conseguido se impor.
Parece que Diniz tem uma estratégia apenas parcialmente construída. Consegue ter a posse de bola, mas não sabe o que fazer com ela. Quando descobrir, será, então, um treinador pronto, um dos melhores do país. Por enquanto, é só um técnico pela metade.
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