Uma das coisas que costumo fazer é ler todas as colunas dos companheiros de bancada aqui do PANORAMA.
Concordo com quase tudo, discordo de quase todos.
Isso porque existe um grande mosaico formado por ideias, pontos de vista, análises e entendimentos. Alguns contrastantes, conflitantes, divergentes. Outros alinhados, congruentes, harmônicos.
E dentro desse universo multifacetado que é o PANORAMA, uma ideia ao menos é unanimidade: a forma de se enxergar o Fluminense.
Pude notar que, para todos os meus companheiros cronistas, o Fluminense foi, é e sempre será um clube gigante do futebol mundial. E que assim deve ser tratado. Seja por adversários ou pela imprensa.
Porém, eles denunciam o que seria um processo de apequenamento que vem ocorrendo dentro do clube. Alegam que o Fluminense não pode se contentar em ser uma espécie de coadjuvante de luxo da maioria dos campeonatos.
O grande entrave de meus colegas é conseguir fazer com que parte da torcida volte a entender quem é (ou deveria ser) o Fluminense.
Fazer os mais jovens entender que é importante ganhar o Campeonato Carioca, mas que o campeonato que existe hoje não tem a mesma importância nacional das décadas de 1960 e 1970.
Deixar claro que o Fluminense já passou da hora de conquistar um título internacional de grande importância (Libertadores ou até a Sul-americana), e que a mera participação nesses torneios não significa muita coisa. Com todo respeito, Sporting Cristal do Peru ou The Strongest da Bolívia já participaram de diversas Libertadores, e isso não os transformou em gigantes.
Mas, principalmente, os dirigentes do Fluminense precisam aprender a tratar o clube com profissionalismo e não como se fosse a venda da esquina, muito embora haja hoje, milhares de vendinhas de esquina bem mais profissionais, nestas vastas solidões do nosso país.
Como meus companheiros de bancada conseguirão isso? Sinceramente, não sei. Porém, espero ansioso pelo dia em que realizarão esse feito.