Sobre pedir desculpas, aceitar desculpas, resiliência, humildade. Essa é uma coluna que fala de futebol. O PANORAMA vive o dia a dia desse esporte que tanto amamos. E isso é para se aprender no convívio diário. Só assim a gente cresce.
Talvez Fernando Diniz tenha repensado desse jeito ao voltar para outra coletiva, pedindo desculpas por ter generalizado suas ofensas na primeira entrevista. Acho todo pedido de perdão muito louvável. Desde que o erro não se repita. Nesse pedido deve estar embutida a frase: não faço (falo) mais isso.
Foi pesado quando ouvi aquilo. Fiquei entalada e nem foi comigo. Só que senti como se fosse. Ainda bem que ele se retratou. Fez-se a paz. O Fluminense precisa dessa paz para seguir. Vem aí Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. Além de tranquilidade precisa se reestruturar, alguns jogadores necessitam de recondicionamento físico. A sobrecarga foi imensa também nas exigências.
Ficamos sem o sonhado tricampeonato estadual, não conquistado desde a década de 1980. Muitos de nós não veremos mais essa conquista. Nossos filhos e netos, certamente verão. Porque o Fluminense é eterno e inabalável.
Foi nisso que pensei quando vi o mea culpa do Diniz, cinco dias depois de ter sido desastroso e deselegante. Mas se retratou, muita gente não o faz. Todo mundo já pediu desculpas ou desculpou alguém.
Essa coluna é sobre futebol e tudo aquilo que o cerca. Fala de um técnico que foi o comandante de quatro títulos importantes na recente história do clube. Só que ele e qualquer outro (com raras exceções), jamais terão a dimensão do que é o Fluminense.
Não são apenas tijolos, vitrais, sala de troféus. É toda uma legião de apaixonados com todos os sentimentos. Principalmente muito orgulho. Os tricolores são tão grandes, tão imensos que jamais negariam um pedido de perdão.