Dança das cadeiras (por Rods)

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Eis que cai o sétimo técnico do Brasileirão 2015. Como de praxe, essa contagem deve seguir crescendo nas próximas rodadas. Afinal de contas, a troca de técnico é enxergada como a primeira tábua de salvação para os clubes brasileiros em crise, ainda que na maioria das vezes essa tábua se revele âncora.

Coincidentemente, nos encontramos entre o originador dessa sétima demissão e o exemplo contrário de como agir. Palmeiras e Sport. Vi muitos tricolores se queixarem da queda de Oswaldo de Oliveira pelo fato de que a chegada de um novo comandante sempre serve de estímulo aos jogadores. Concordo. Ainda mais quando o principal candidato é o Marcelo Oliveira. Corremos o risco de enfrentar um time partindo pra cima em busca da reabilitação. Por outro lado, se ainda for um interino no banco, podemos nos aproveitar da fragilidade do time da casa. O jeito é seguir os noticiários.

Já o Sport resolveu seguir contra a corrente e, mesmo eliminado do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste, manteve Eduardo Baptista. Até o momento a estratégia deu certo. Mesmo com um time limitado, hoje o único representante nordestino no Brasileirão, está no G4 com um futebol competente. Isso sem citar a revelação Joelinton, já de saída para a Alemanha.

O problema é o imediatismo das nossas torcidas e dirigentes. A culpa é sempre do técnico. O campeão de hoje é o primeiro a pagar o pato pela sequência ruim de amanhã. É a história da tábua de salvação que coloquei acima. O bom exemplo do leão pernambucano só será lembrado enquanto o time estiver bem. É uma das características ruins da nossa cultura futebolística.

Prefiro nem entrar nos casos de quando são os jogadores que derrubam os técnicos.

Mas e o Fluminense? O Fluminense está no terceiro técnico em 2015 e não é de agora que o boné de técnico não para muito tempo em uma cabeça só nas Laranjeiras. Em minha opinião, Cristóvão foi vencido pela própria teimosia e Ricardo Drubscky só não deve ser esquecido para servir de lição.

Isso nos leva a Enderson Moreira. Quando ele foi anunciado, publiquei no meu Facebook que seria um bom momento para tirar um ano sabático. Estou a ponto de dar o braço a torcer. O time ganhou um padrão e está jogando consciente de suas limitações. Os jogadores estão lutando em vez de deitarem em cima de um suposto talento.

Ironicamente, ele assumiu enquanto a torcida clamava pela volta do Cuca. Lembro bem do desânimo que tomou conta da torcida – e me incluo nisso – quando esse mesmo Cuca assumiu o time em 2009.

Sigo contra essa dança das cadeiras e espero que um dia consigamos nos livrar dessa “mania”. Mas não posso negar que em algumas das vezes em que a música acaba, é a pessoa certa que fica.

Nos acréscimos

Não podemos permitir o fim do pó-de-arroz! Se você puder, compareça e apoie nossa briga por um dos nossos grandes símbolos.

[ATUALIZAÇÃO] Por decisão unânime, o pó-de-arroz foi liberado! O desembargador Bernardo Moreira Garcez Neto mostrou bom senso e, antes do veredito, afirmou que a discussão acerta do tema é desnecessária porque o pó-de-arroz não provoca nenhum tipo de problemas aos torcedores.

ST!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

Imagem: Arte Esporte

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