(Artigo gentilmente reproduzido da Frente Ampla Tricolor)
No último dia 04 de novembro, completamos um ano de um dos maiores títulos da história do Fluminense, a Libertadores da América, também conhecida como A Glória Eterna.
O ineditismo de tal feito contrasta que, um ano depois, o mesmo clube esteja lutando para não ser rebaixado à 2ª divisão do Campeonato Brasileiro, precisando de oito pontos em cinco rodadas contra adversários que estão apresentando um futebol igual ou superior.
Muitos são os motivos que podemos descrever como causas para que tal fato acontecesse: a desorganização administrativa do clube com um Estatuto retrógrado, as dívidas que vêm se acumulando ano após ano, a Presidência que vem regendo o clube com mãos de ferro sem se importar com nada ou ninguém, o apoio irrestrito ao Presidente da grande massa de jornalistas e “influencers passapanistas” e a manutenção da Gestão da Flusocio no poder – ou alguém ainda tem dúvida que o atual mandatário do Fluminense pertença a este Grupo com uma desatualização 2.0? Não atualizaram nada, tudo se modernizou, mas a gestão se mantém a mesma de 2012. Mesmo modus operandi.
Triste, mas natural que em campo toda essa confusão resultasse em uma coleção de vexames, com exceção dos anos de 2012 e 2023, ou seja, em 13 anos de Flusocio no poder, dois bons anos em campo, diga-se bem, fora de campo, o desmando impera até chegar ao atual “Imperador”.
Desde a sua criação, a Frente Ampla Tricolor (FAT) vem se posicionando no sentido de elogiar as boas ideias da Gestão, as conquistas (comemoramos muito o título da Libertadores), os sucessos em campo (mesmo que poucos), mas vem denunciando as práticas absolutistas da Presidência, a conivência dos Conselhos Diretor, Deliberativo e Fiscal com as práticas que violam o Estatuto e o descalabro das contas do clube, aprovadas irresponsavelmente pelos Conselhos Fiscal e Deliberativo. Dívidas vem se acumulando, juros, correção monetária e não vemos a Diretoria realizar um Plano Contingencial para equacionamento das dívidas; ao contrário, gera mais despesas, contrata jogadores em final de carreira, vende e aproveita mal os jogadores da base, renova contratos para pouco depois rescindir com multa, de forma inexplicável, contrata treinadores como Mano Menezes, que nem mercado tinha mais no Brasil de tão ultrapassado. É bem verdade que este treinador obteve algumas vitórias que nos deram algum respiro na tabela. Como Profetas do Apocalipse, somos acusados por alguns de torcer contra o clube, até porque o que alertamos no ano passado ocorreu até mais rápido do que imaginávamos. Nem o mais pessimista torcedor do Fluminense poderia prever uma queda tão repentina assim.
É hora de nos unirmos para tentar tirar o Fluminense do lamaçal que se encontra para não se transformar em um buraco sem fim, com um possível rebaixamento. Fica a lição de que o Fluminense não pode continuar com o “modus operandi” da Flusocio A Reforma Estatutária, o voto online, a discussão ampla de uma SAF (se for a melhor saída para o clube), bandeiras que defendemos de transparência e participação ativa do torcedor nas decisões do clube.
Presidente, para o bem do clube, renuncie,
demonstre humildade uma vez na vida em seu ser autocrático, confirmando sua incompetência em gerir o clube. Não permita que, em um ano, a Glória Eterna se transforme na Vergonha Eterna. Ficará marcado para sempre se essa nefasta situação acontecer, um campeão continental rebaixado no ano seguinte, algo que nem o Álvaro Barcelos conseguiu.
FRENTE AMPLA TRICOLOR
O Enfermeiro Carlos Eduardo Gonçalves é membro da Frente Ampla Tricolor