Você entrou no trem e eu na estação vendo um céu fugir, seguimos vendo o Fluminense de Diniz insistir no que não está funcionando.
Também não dava mais para tentar lhe convencer a não partir, é só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte.
E agora, tudo bem, você partiu para ver outras paisagens, a conquista da Libertadores está gravado em nossos corações, seremos eternamente gratos, mas até grandes relacionamentos, por vezes, até para preservar o respeito, precisa acabar.
O sistema de jogo do Fluminense embora finja fazer mil viagens, fica batendo parado naquela estação. Um tique-toque sem eira nem beira.
Como dizem os gaúchos: só se fala em outra coisa, porque não dá mais para ficar imune aos jogos desinteressantes, culminando com o clube vender o mando de campo contra o Atlético Mineiro, de olho no torcedor visitante, enquanto tem o desafio de ajudar financeiramente o Sampaio Corrêa em jogada semelhante.
Bem, em campo hoje contra o Corinthians, o Tricolor exacerbou tudo o que pode. Elevou à majoritária potência seus erros e, praticamente, não acertou boas jogadas. Seus ataques foram provenientes de momentos em que o adversário recuou para tomar fôlego e intensificar sua pressão, pressão esta que ofuscou qualquer brilho dos comandados de Fernando Diniz, que hoje usou e abusou da letargia.
Corinthians, que vem de crise e pior momento de sua história, deitou, rolou e se lambuzou, fez três, poderia ter feito seis, sete que não seria nenhum exagero.
Não sei exatamente o que pode ser feito, mas que tem de fazer alguma coisa internamente tem, pois até o poderoso Titanic afundou para um iceberg.
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CORINTHIANS 3×0 FLUMINENSE
Campeonato Brasileiro 2024 – 4ª Rodada
Neo Química Arena (Itaquerão) – São Paulo-SP
Domingo, 28/04/2024 – 16:00 (Brasília)
Renda: R$ 2.521.430,00
Público: 42.119 pessoas presentes
Arbitragem: Árbitro: Ramon Abatti Abel (Fifa/SC), Assistentes: Guilherme Dias Camilo (Fifa/MG) e Rafael da Silva Alves (Fifa/RS). Quarto árbitro: Rodrigo José Pereira de Lima (Fifa/PE). VAR: Igor Junio Benevenuto (Fifa/MG)
Cartões Amarelos: Wesley 35’, Rodrigo Garro 38’, Gustavo Silva 41’, Breno Bidon 43’ (CORINTHIANS); Guga 29’, Marquinhos 35’ (FLUMINENSE)
Gols: Wesley 39’, Wesley 45’+1’, Cacá 46’ (CORINTHIANS)
CORINTHIANS: 22-Carlos Miguel; 23-Fagner©, 32-Félix Torres, 25-Cacá e 46-Hugo (21-Matheus Bidu 72’); 14-Raniele (8-Paulinho 72’), 27-Breno Bidon (26-Biro 90’+1’) e 10-Rodrigo Garro; 36-Wesley, 16-Pedro Henrique (19-Gustavo Silva 7’ / 2-Matheusinho 72’) e 11-Ángel Romero. Téc.: António Oliveira. 4-3-3
FLUMINENSE: 1-Fábio; 23-Guga (13-Felipe Andrade 46’), 26-Manoel, 30Felipe Melo© (90-Douglas Costa 46’) e 12-Marcelo (6-Diogo Barbosa 85’); 8-Martinelli, 45-Lima e 10-Ganso (20-Renato Augusto 15’); 21-Jhon Arias, 77-Marquinhos e 14-Germán Cano (80-David Terans 24’). Téc.: Fernando Diniz. 4-3-3
Eu acredito que há dois caminhos agora, já que foram dadas várias chances para que o técnico mudasse a forma do time jogar, escolha de jogadores ou criasse alternativas ao jogo atual, já manjado e que precisava de uma saída diferenciada dependendo da postura do adversário.
Uma é uma saída amigável, a outra uma demissão por justa-causa, já que a postura intransigente do técnico nos custou a chance de um tricampeonato carioca e uma janela que possibilitaria reequilibrar a equipe com jogadores mais jovens, além do aproveitamento de jogadores como Neto, Yago, Felipe Andrade, João Pedro e Justen.
É preferível a primeira, que poderia incluir um busto para o técnico nas Laranjeiras ou CT. Acho que o Diniz não deveria assumir um outro time tão cedo. Pensei no Renato Gaúcho que deve estar desgastado no Grêmio com os resultados por aquelas bandas, mas que pode também precisar de um tempo de…