A vitória até certo ponto tranquila em plena Arena oferece várias reflexões sobre o Fluminense.

A melhor delas provavelmente é Germán Cano, lutando para bater o recorde de artilharia tricolor numa temporada. A pior foi mostrar que poderíamos ter ido melhor na semifinal da Copa do Brasil. Aliás, deveríamos.

Cano merece todos os parabéns. Ainda que fosse uma contratação discutível por conta da idade e performance física, o argentino está voando baixo. Ele não é um virtuose, mas possui excelentes qualidades para quem quer ser um artilheiro: está sempre bem colocado, é sagaz, finaliza muito bem e se aplica. Ok, pode não durar três, quatro anos, mas é bem possível ter esperanças nele para 2023 e 2024. Mostrou seu poder de fogo em Itaquera, juntando oportunismo com qualidade.

O Fluminense dominou de ponta a ponta, mesmo sem precisar de enorme dedicação física. O Corinthians, por sua vez, esteve muito aquém do esperado e sequer ameaçou o gol tricolor. Melhor assim. A vitória tricolor é um passo fundamental para a classificação à Libertadores na fase de grupos, sempre muito melhor do que ter que disputar a pré.

Importante destacar o partidão de Jhon Arias, o cracão que descobrimos quando nos sacudiu na Libertadores. Não teve scout nenhum… Onipresente em campo, o colombiano se multiplica por três ou quatro: corre, marca, volta, cria e se desloca. Que sorte ainda tê-lo no Flu.

A fácil vitória poderia ser antecipada se a arbitragem não tivesse facilitado a vida de Fagner, o violentíssimo lateral corintiano. Deu uma entrada inacreditável em Calegari e tomou apenas o amarelo. Era o caso de expulsão imediata.

Yago jogou com atitude e merecia um gol. André e Arias, esplêndidos, Martinelli bem. Com as poucas finalizações corintianas, Fábio e Felipe Melo não atrapalharam dessa vez. Que venha uma boa vitória sobre o Ceará.