A institucionalidade do Fluminense me cansa, tanto por sua ingerência sobre temas que demandam expertise e representatividade, quanto por sua ausência de estrutura e repetição dos mesmos erros.

Em menos de vinte e quatro horas, a gestão tricolor não consegue ser eficaz nem eficiente.

Na noite desta segunda-feira, em Asunción, capital do hermoso Paraguay, onde reside a CONMEBOL, aconteceu o sorteio das Copas Sudamericana e da Libertadores da América.

Evento este, cheio de gente influente, dirigentes, as grandes figuras dos grandes clubes do nosso continente.

E onde estavam Mário e Fred?

Isso mesmo, abrindo as asas na FluTV, em vez de se fazerem presentes na sede da entidade maior do futebol na América do Sul.

Em seu lugar enviaram um representante menos influente: Marcelo Penha. Com todo respeito que qualquer pessoa merece ter, esse tipo de convescote é para se fazer representar pelos principais dirigentes da entidade, salvo este tenha algo mais importante a fazer.

Definitivamente dar as caras (e cartas) na FluTV não é.

Passado o evento, onde certamente muitos dirigentes foram jantar um suculento ancho ou chorizo, abrindo o apetite com uma vori vori, acompanhado de um bom puchero, para paladares menos experimentais, coube uma chipa, ao fim, um donka donas para adoçar a epiglote, castigada pelas taças de Malbec argentino, Tannat uruguayo ou o tradicional carrulim, tudo suavizado com um gole de tererê aqui e outro acolá.

São nesses momentos que os laços de parceria são estendidos, as representatividades são feitas e os respeitos são conquistados. Uma pena que a vontade de encantar as surucucus seja maior do que a de trabalhar pela grandeza do Tricolor.

Já a bandalha do dia, é uma velha conhecida e já familiar farra dos ingressos. Nada podemos afirmar aonde vão parar parte substancial dos tíquetes, tampouco se teremos clones dos bilhetes, mas a dificuldade do sócio em comprar com sua facilidade prometida via faturas que todos os meses o são cobradas, fez água.

Desde às nove horas até às quinze, eu e muitos amigos e conhecidos ficamos no looping infinito da tela de carregamento, como quem possui um equipamento precário tentando jogar Call of Dutty: Warzone.

Mais uma vez perderemos a chance de trazer o torcedor para perto da instituição e convencê-lo de que as coisas mudaram.

Uma pena.