Ele teve uma curta passagem pelo Fluminense, pouco mais de um ano e três meses, mas foi o suficiente para marcar época no clube. Neste 02 de julho, completa 66 anos.
Cláudio Adalberto Adão foi a única contratação expressiva para o Campeonato Carioca de 1980, chegando junto com o jovem meia Gilberto. Vinha de uma fase difícil, desprezado por Botafogo e Flamengo. A resposta foi em campo: acabou como artilheiro do campeonato e campeão carioca, tendo marcado 20 gols numa competição que tinha artilheiros natos como Zico, Nunes e Roberto Dinamite. Aos 25 anos, ao lado de Edinho e Rubens Galaxe, Cláudio Adão era um dos jogadores mais experientes do jovem time tricolor, formado por revelações da base do clube.
Artilheiro de técnica apuradíssima, sua matada no peito geralmente terminava com grandes finalizações. Pelo Flu, marcou 56 gols em 67 partidas, com a média impressionante de 0,84 por jogo – só para se ter ideia, a média de Fred, segundo maior artilheiro da história do clube, é de 0,56. E não apenas no Fluminense: considerando-se apenas os que disputaram mais de dez jogos, é o jogador com maior média de gols pela Seleção Brasileira (incluindo-se a Olímpica): 1,17 (14 gols em 12 partidas). Logo atrás dele aparecem Leônidas da Silva (37 em 37), Waldemar de Brito (18 em 18) e Quarentinha (17 em 17), cada um com 1,0 de média.
É de se imaginar o que Cláudio Adão teria feito pelo Fluminense se tivesse ficado mais tempo nas Laranjeiras, mas uma coisa é certa: num breve intervalo, ele foi um dos maiores.