Vencer na Arena Condá não é fácil. E o Fluminense sentiu isso na pele hoje. Apesar de ter sido melhor a maior parte do jogo – não um domínio irreal, mas efetivo – o Tricolor experimentou o sabor amargo de uma derrota que foi muito além de injusta, foi injustíssima. Injustiça que, para o bem ou para o mal, faz parte do futebol.
Foi um primeiro tempo muito movimentado e muito equilibrado. Enderson optou por um time mais ofensivo, com Oswaldo no lugar de Gerson – suspenso – em vez de Pierre. A estratégia foi importante para segurar o ímpeto da Chapecoense, sempre perigosa dentro de seus domínios, uma vez que Oswaldo posicionou-se pela direita e Marcos Junio pela direita, – no fim da etapa inverteram as posições – segurando os avanços de Apodi por este lado.
O Flu partiu para cima logo no início da partida, marcando forte e atacando com efetividade, tanto é que em três minutos de jogo perdeu duas grandes oportunidades, uma com Antônio Carlos de cabeça e outra num belo chute de Scarpa para uma boa defesa de Danilo. Fred se movimentou bastante, marcando e abrindo espaços demonstrando o espírito coletivo da equipe.
Logo depois, a Chapecoense chegou com perigo num chute rente à trave do atacante Bruno Rangel, livre dentro da área. A partir daí a Chapecoense equilibrou o jogo, que se mostrava bastante favorável ao Flu. E aos 26 minutos chegou ao seu gol, após uma falha na saída de bola de Edson, que pegou a nossa defesa desguarnecida. Mas os catarinenses não tiveram tempo de comemorar, pois logo em seguida, Edson se redimiu marcando um golaço após cruzamento de Oswaldo que o goleiro deu rebote para a frente da área.
Um a um definiu bem um primeiro tempo igual e de muita luta das duas equipes. Ainda tivemos um gol anulado de Marcos Junio, que só reiteradas repetições permitiram aos profissionais da imprensa que transmitiam o jogo concluir que teria sido marcado em situação irregular.
O Fluminense manteve a pegada no início do segundo tempo. Continuava impondo o seu ritmo com um futebol forte e solidário, destacando-se Marcos Junio e Scarpa, que articulavam as principais jogadas ofensivas tricolores. Aos 15 e aos 20, Marco Junio perdeu ótimas chances de gol, a primeira defendida pelo bom goleiro Danilo e a segunda salva pelo zagueiro de Chapecó. Aos 21, Breno Lopes perdeu outra boa chance. O Flu pressionava e indicava que o segundo gol seria questão de tempo.
A saída de Fred fez o Flu perder a referência na frente, mas a movimentação permaneceu a mesma.
O tricolor era soberano e merecia o gol da vitória. Enderson, quando sacou Oswaldo, optou por Lucas Gomes, o que mantinha a estratégia ofensiva do Fluminense.
Acontece que o futebol é apaixonante, justamente porque não é a justiça quem dita os seus resultados. E hoje foi assim. O empate já seria uma injustiça, mas o destino foi mais cruel com o Fluminense, quando aos 44 foi marcado um pênalti que nem o próprio árbitro teve a convicção de assinalar, precisando da interferência de seu auxiliar.
Outra derrota amarga, sobretudo porque o Fluminense, pelo futebol solidário e aguerrido que apresentou, merecia sorte melhor.
Há derrotas e derrotas. Esta foi uma derrota dolorosa, mas que não apaga o bom futebol, apresentado pelo Tricolor. Deixamos o G4 por ora. Nosso lugar é lá, todavia não sou apenas eu que digo isso São também os próprios jogadores, pela solidaridedade, coletividade e garbo demonstrados nesta manhã de domingo. Este é um Fluminense que dá orgulho de ver e que alçará voos ainda mais altos neste campeonato.
Parabéns, guerreiros. Perdemos uma batalha, ainda não perdemos a guerra.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @FFleury
Imagem: pra
Concordo com o Aluisio sobre o gol….engraçado os comentaristas da “mídia imparcial”, para invalidar o gol não se leva em consideração a bola na mão ou a mão na bola……mas para dar 1 pênalti é necessária a avaliação.
ST
Desculpe discordar, mas o gol de Marcos Junior não foi irregular, foi legítimo. Nem Fred nem ele estavam impedidos, e a bola toca na mão do MJ involuntariamente. Pela regra do futebol, a intenção é a que vale nesse caso, senão não pode ser configurado mão na bola, e sim bola na mão, que foi o caso.
No mais, é isso mesmo. Derrota injusta que nos deixa pra trás, enquanto os rivais só sobem. Precisaremos de um retrospecto ímpar nas próximas dez rodadas para seguirmos tendo chance de título…
Obrigado pela leitura e considerações, Aloísio. Eu penso que, dentro de campo, estamos mostrando uma disposição enorme que, mais cedo ou mais tarde, produzirá seus frutos. Que seja logo na próxima partida para que o pelotão da frente não desgarre. Um abraço e ST