Amigos, amigas, mais uma vitória tricolor. Mais uma vitória merecida, embora o Fluminense de hoje tenha, na segunda etapa, estado abaixo no quesito produtividade.
O primeiro tempo tricolor foi com assinatura e merecíamos ter saído com a vitória. O Ceará começou tentando marcar pressão e, como é de costume, andamos entregando a paçoca em alguns lances. Não demorou, no entanto, para que o Fluminense começasse a furar o bloqueio cearense, em vários momentos pegando a defesa alvinegra desguarnecida.
Cano deu o primeiro susto em um arremate violento, após jogada de Árias. Na sequência, deu uma engrossada na marca do pênalti, chutando de bico, após passe magistral de Ganso. Na terceira oportunidade, tirou do goleiro e acertou a trave. Yago pegou o rebote e repetiu a cena. Duas bolas na trave em sequência.
O Ceará já recuara as linhas e marcava o Fluminense a partir da linha média, tentando criar dificuldades para nossas articulações de jogadas, mas também tinha dificuldades com essa opção tática, porém a bola não entrou na primeira etapa. Entrou no segundo tempo, quando Cano interceptou um chute de Árias, pegando de primeira e desviando do goleiro. Artilheiro é artilheiro. Bobeou, ele pimba.
Era o melhor momento do Fluminense na segunda etapa, quando voltara a articular seu jogo dentro do modelo, o que não acontecera nos minutos iniciais, deixando o jogo morno, mesmo após a expulsão do atacante do Ceará. Cléber conseguiu gabaritar nas lambanças em um lance só. Já tinha recebido cartão amarelo por falta em Nino. Ao receber uma bola longa com terreno para evoluir e se consagrar no jogo, se perdeu nas escolhas, se enrolou todo com a bola, acabou desarmado por Manoel e ainda fez falta por trás. Matou o contra-ataque, o do Ceará e o do Fluminense, e ainda foi expulso.
Foi num segundo tempo sem qualquer inspiração, com muitos erros na fase final do ataque, que o Fluminense fez o gol da vitória, praticamente sacramentando nossa vaga na fase de grupos da Libertadores, ocasião em que o Tricolor ganhará o primeiro de muitos títulos da competição internacional.
Apesar do segundo tempo, em que as substituições não surtiram muito efeito, a atual formação de Diniz, com quatro homens no meio, me parece bem consistente. O Fluminense ganha em capacidade de controlar o jogo, ganha defensivamente e tem conseguido ser muito efetivo nas ações ofensivas.
Cristiano da Moldávia destoou do resto do time, abusando dos erros e decisões erradas. Uma pena que Calegari, que começava a sugerir termos encontrados a solução para a lateral-esquerda, tenha se lesionado. Acho que Diniz deveria começar a dar oportunidades a Marcos Pedro, até para sabermos se temos material humano de qualidade para essa posição tão complicada em 2022.
A boa notícia é que as duas atuações anteriores mudaram um pouco o nosso humor. Voltei a viver aquela espera pelo próximo jogo do Fluminense, como quem busca lazer de qualidade. Espero que seja assim pelos próximos 20 anos.
Todo Poder o Pó-de-Arroz!