Um dia após o segundo turno das eleições do Brasil e de alguns estados, o Fluminense foi a Fortaleza enfrentar o Ceará, clube homônimo à unidade da Federação que mais cresce economicamente na região, o que vem refletindo no futebol.
Porém, nosso adversário de hoje sofre deveras nessa temporada, desde a perda do treinador Dorival Júnior, que aceitou proposta para ir ao Flamengo, onde acabou de se tornar campeão da Copa do Brasil e da Taça Libertadores.
Já o Vozão não se encontrou. Trocou vezes de técnico, chegou a efetivar o recente ex-jogador Lucho González, demitido antes mesmo deste confronto, para um Castelão vazio, pois o Ceará cumpre punição do STJD por invasão ao campo de jogo por parte de sua torcida.
Mesmo sem a emoção peculiar produzida pelos torcedores, o Fluminense esteve em melhor ânimo na primeira etapa, bons lances, boas jogadas; na mais emblemática, Cano, após se livrar da marcação, finaliza no travessão, a bola se oferece como como um geladinho de cajá – famoso nos estádios de Fortaleza – aos pés de Yago que, não sei se por solidariedade ou algo mais, repete o chute no travessão.
O Fluminense foi soberano no primeiro tempo, enquanto jogava por uma bola, a equipe do técnico Juca, ele mesmo, Juliano Roberto Antonello, auxiliar permanente do alvinegro cearense, similar ao nosso Marcão, ambos acompanheiros de meio-campo do Flu em 2004, ao lado também de Ramón Menezes, Roger Flores e Esquerdinha. Time que contava ainda com Edmundo e Romário. Velhos tempos.
Voltando à segunda etapa, o Fluminense começou em marcha lenta, levou sustos seguidos do Ceará que, em sua proposta de jogo, levava mais perigo. Em lance macambúzio, Klebão, atacante do Vozão, recebeu lançamento pelo lado esquerdo, mas acabou se enrolando na definição, na jogada, após ter a bola tomada por Manoel, deu um carrinho por trás, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso.
Ainda assim, o Ceará assustou mais uma vez, com Fernando Sobral. Diniz reagiu e mudou, saíram Yago e Nino, entraram Matheus Martins e Nathan. Mais uma vez Fernando Diniz deixou somente um zagueiro. Dessa vez a ideia era boa, pois tínhamos um jogador de linha a mais em campo.
Um pouco após as mudanças, o Fluminense enfim iniciou seu processo de criação para finalização. Matheus Martins perdeu ótima chance; já no lance seguinte, Arias fez belíssima jogada, finalizou mas a bola desviou nos pés artilheiros de Cano, enganando o goleiro capitão João Ricardo. ‘Tá lá dentro’, decretou Mauro Jácome, sempre ele, fazendo o ‘L’ com os dedos, para catarse dos torcedores através da televisão, rádios, internet e outros meios de comunicação.
Na reta final, mesmo em situação de vantagens, no placar e no plantel em campo, o Fluminense pareceu ter travado, ficou amarrado, deixou o Ceará ter as melhores ações, para desespero de Diniz à beira do campo; dessa vez pudemos ouvir todos seus berros, por conta da ausência das torcidas.
O treinador tricolor ainda tirou Ganso e Cano e pôs Alan e David Braz, recompondo a dupla de zagueiros e deixando de ter um atacante útil em campo, já que Alan visivelmente não tem condições de competir em uma Série A, ainda. Se somando a Cristiano, outro jogador difícil de aceitar com a camisa Tricolor.
Vitória protocolar por um a zero diante de um adversário que patina rumo â Série B, por viver desventuras em série. Força, Vozão!
Já o Fluminense garantiu matematicamente a participação em alguma fase da Libertadores 2023, precisamos somar mais uns pontinhos para não precisar jogar a Pré, etapa que nos eliminou nesta temporada 2022.
Vinde São Paulo, Goiás e visitemos por fim o Red Bull, quem sabe já consolidados no G5.