O Fluminense faria mais quatro pontos nos três jogos finais, chegando aos 45 pontos na 15ª posição, logo atrás do Flamengo, cuja arrancada não lhe levou para lugar algum diferente do meio da tabela
O Fluminense não rebaixará o Vasco de maneira alguma. Afinal, rebaixado é quem não consegue pontuação para ficar entre os dezesseis mais bem colocados do campeonato. A posição do Vasco foi conseguida por seus próprios (de)méritos. Incluindo aquele de ter sido derrotado por nós no segundo turno
É muita obrigação. Um pouco mais de diversão talvez. Aproveitemos agora, sem as obrigações. Que tal um pouco de magia nos próximos 180 minutos, por favor?
Muitas perguntas. Poucas respostas. Desânimo em campo e nas arquibancadas. Meu pessimismo insiste em dizer que 43 é um número perigoso. Não quero baile nem festa. Só comprometimento nesses três jogos. Vale um pouco de nossa grandiosa dignidade
O Fluminense é enorme no cenário nacional e internacional, não pode pensar em outro resultado quando entra em campo senão a vitória. Não é uma questão de esportividade ou qualquer coisa assim: é destino, vocação
É hora de exorcizar o passado e premiar os guerreiros. Os deuses do futebol nos devem isso. Além de que, de fato podemos. E não resolvemos ainda nosso estar na tabela do campeonato
Não sei se ganharemos de Cruzeiro e Palmeiras. Não sei se somos favoritos a qualquer coisa. Não espero, verdadeiramente, nem sequer os resultados – torço por vitórias, é claro –, quero apenas esse mesmo compromisso
“É melhor pensar depressa e escolher antes do fim”, diz a letra da mesma canção de Roberto Carlos. Ainda não é tarde, mas já passou da hora. Brigas, vaidades, arrogâncias, mandos e desmandos. Não importa nada disso agora, “seu orgulho não vale nada”
Pouco importa quem será a solução travestida de treinador, pois não será uma solução. A menos que a diretoria assuma sua direção. A menos que os funcionários do clube que trabalham nas quatro linhas sejam cobrados e tratados como funcionários. Quem não rende não joga. A menos que quem mande tenha comando e respaldo
Enquanto isso, comemoremos a Liga e esperemos os desdobramentos. As federações envolvidas já chiam e acusam os clubes de formar uma espécie de um Brasileirinho, de forma a empurrar a CBF contra o projeto, temendo a desvalorização do Campeonato Brasileiro. Pouco importa se estivermos firmes na luta
E estamos nós, debruçados sobre resultados, remoendo as possibilidades e querendo o que já dispensamos. Somos a insatisfação em forma de torcida. A incoerência patológica em gritos passionais. Um caso freudiano, sem dúvida ou com dúvidas, certamente. Queremos a saída do treinador dos maus resultados das últimas rodadas. Volta Abel. Volta Cuca. Amamos hoje aqueles que pedimos para sair no passado
Quando o mundo não estiver mais com os holofotes em nós, a genialidade saberá sobressair. Afinal, a sorte ajuda a quem busca criar oportunidades. Será diferente no domingo, com aqueles quinze mil de sempre. Podem apostar