Mas não por muito tempo. Afinal, logo cedo no dia seguinte, Gomes, o rapaz da padaria, com olhos verdes, bíceps imensos obtidos com muita malhação – sem bomba – e barba máscula padrão Cavalieri, traria cedo pão e leite
Terminado o jogo, chegou a hora de voltar para o armário: um jantar na Fiorentina (como convidado) estava marcado. Era preciso vestir novamente o personagem da macheza, aparentar o que não é, sorrir com ódio por dentro
Zanzibar se amargurava com a falta da Pantera, com as pressões para provar sua masculinidade ao seu sogro, e dar uma ocupação da boa família branca de bem à Esmeralda. Vivia uma fase assombrada, desde que largou seu emprego de assessor do Mobral, trabalhando diretamente com o Coronel Passarinho, e as noites na Alaska
Agora, Moreira esquenta e embala a nova castração do ébrio Zanzibar, assombrado pela alegria do novo e firme comandante, pelas ameaças da Pantera e da imponente figura de Arcanjo
Isso é coisa da gente nobre. Nas festas e nos jantares em Brasília, na Suíça, em Manhattan é que Zanzibar resolvia algumas coisas. Mas era sempre um capacho dos grandões
Escrevia para os blogueiros vermelhos, essa raça que deveria morrer pelas mãos dos amigos do seu afável tio, em letras garrafais, os xingando de todos os tipos de nomes sujos que só havia escutado da boca de pessoas de cor, desqualificadas, dessas que tinha orgulho de não serem vistas com frequência em seu dileto clube