Escrevi isto no Facebook, logo após a goleada sobre o Americano: “Não sei se gostei do time porque tenho enorme simpatia pelo Fernando Diniz, ou porque realmente o Fluminense se apresentou bem. Jogos assim são verdadeiras armadilhas para os mais afoitos se iludirem. Mas me parece que o estilo de Diniz, dando-se tempo ao tempo, poderá transformar um grupo de desacreditados numa equipe competitiva”.
Essa é a minha esperança para 2019: competitividade e luta. Longe de ter um time qualificado ao ponto de encher os olhos da torcida, talvez a principal carta no baralho Tricolor seja mesmo o seu treinador.
Com um estilo inovador, ofensivo, destoante da mesmice que assola o futebol brasileiro, Diniz ainda não conseguiu comprovar, num grande time, a eficácia de seu modelo de pensamento. E ainda é muito cedo para dizer que dará certo no Fluminense.
A vitória sobre o Americano, com a presença de dois jogadores considerados titulares que não haviam atuado contra o Volta Redonda, Yony e Bruno Silva, deu uma pequena ideia do que poderá ser o Tricolor na temporada 2019: time ofensivo, saída de bola com consciência, jogadas planejadas.
Há muito tempo eu não via o Fluminense fazer gol a partir de uma boa enfiada de bola, algo que Danielzinho fez muito bem em Bacaxá, mas é preciso saber se conseguirá ter a mesma liberdade para armar jogadas contra o Vasco, por exemplo.
Muito embora o torcedor Tricolor esteja num nível de saturação altíssimo, é preciso confiar e apoiar o trabalho de Diniz que, se funcionar, será tão bom para o Fluminense quanto para o futebol brasileiro. Se não funcionar, pelo menos não terá pecado por omissão.
A vitória está sempre mais próxima de quem a busca com vontade e inteligência, o que, em alguns casos, pode até suplantar a qualidade técnica de uma equipe adversária. É com esse espírito, sabedores de que não temos um grande time, que Diniz e seus comandados devem enfrentar seus rivais, pondo a vontade de vencer e a inteligência a serviço do futebol.
Hoje saberemos um pouco mais sobre essa filosofia de nosso treinador. O adversário, a Portuguesa, também não é lá essas coisas, mas é jogo a jogo, treino a treino, que o sistema se aperfeiçoa e tende a funcionar.
Para o bem do futebol brasileiro, que Fernando Diniz dê certo no Fluminense.
Panorama Tricolor
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Acredito no trabalho que está sendo feito.