Amigos, amigas, agora é suportar dois meses de saudade. Bem verdade que o jogo de hoje não chegou a alimentar essa malvada, que maltrata os nossos corações. O Fluminense, sem Ganso, o Maestro, o Gênio, o Artista, fez para o gasto.
Um jogo muito corrido, muito pegado, em que o Fluminense executou poucos momentos do melhor do seu modelo, como quem guardando o melhor para o ano que vem.
Falando em ano que vem, começa agora a temporada de angústia. Daqui a pouco teremos eleições, esperamos pela permanência dos artistas, para que essa ópera alcance o seu apogeu em 2023.
Bons tempos em que o final do ano era sinônimo de esperança de grandes contratações pq, mas os tempos mudaram. O Fluminense, que era a grande força econômica do futebol brasileiro, com a Unimed, hoje precisa de coerência, planejamento e precisão.
É só do que precisamos para termos um 2023 protagonista. O Fluminense tem o melhor produto do futebol mundial. E não há nisso qualquer exagero. É só sair à rua e ouvir o que dizem os torcedores adversários.
Isso precisa continuar, mas, para que continue, é preciso que haja inteligência, vontade política e capacidade de vender esse produto. Se existe na atual gestão, confesso que não sei. Mas aí vem a eleição e a gente precisa esperar o que vem.
É fato que o Fluminense poderia ter alçado voos mais expressivos esse ano. Também é verdade que esses voos mais expressivos foram impedidos pela política do clube, que se mantém refém de um círculo vicioso, que devora nossas oportunidades e riquezas, como fôramos um desses países com falsa autonomia, com uma tesoura apontada para nossas asas, de modo a podá-las perante qualquer sinal de ousadia e soberania.
Assim como tais países, o Fluminense precisa dar o grito de independência. Assim como esses países precisam do grito de libertação do povo, o Fluminense precisa do grito de libertação de sua torcida. Precisamos ser mais conscientes e atuantes, dando de ombros para seres imaginários e abstrações demagógicas, colocando à frente de nossas opiniões a capacidade de raciocinar.
A quem possa parecer o contrário, não estou aqui fazendo tergiversação política acerca da eleição no Fluminense. No Fluminense, não.
No Fluminense, é preciso analisar a fundo os propósitos, que sempre são obscuros, mas não estou fazendo julgamentos para os quais não estou apto. É só uma questão de aproveitarmos esse tempo até a eleição para nos qualificarmos, para avaliarmos projetos e não sermos massa de manobra de ninguém.
O Fluminense, todo o Fluminense, do presidente ao ponta esquerda, está de parabéns por essa temporada. Ganhamos um título em cima da Dissidência, que não ganhávamos há dez anos. Formamos um dos melhores times do Brasil, demos espetáculos, enchemos estádios e levamos alegria a quem ama o verdadeiro futebol brasileiro.
Eu, particularmente, vejo o Fluminense como um vencedor na temporada, embora reconhecendo que poderíamos ter amealhado pelo menos mais um título, o da Copa do Brasil, mas não vale a pena, ou devemos, reiterar a questão das políticas que se fundem e nos servem de obstáculos: a econômica, a estratégica, a organizacional e a esportiva.
Não obstante, há movimento no Olimpo, os Deuses estão em frenética agitação, porque é preciso cessar o tempo de trevas. É preciso recolocar as coisas em ordem, para que nunca mais voltem ao atual estado de obscurantismo, onde o tolo desdenha do sábio e o poste mija no cachorro.
O Fluminense é a razão de existir da História e da Raça Humana. Há os que haverão de discordar e até de me achar louco, mas quem foi que disse que não é essa a forma como o louco vê o são?
Saudações Tricolores e Todo Poder ao Pó-de-Arroz!