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O resultado foi absolutamente injusto no Engenhão, mas com pequenas ressalvas.
É certo que o Fluminense foi muito superior em boa parte do tempo, mas desperdiçou as oportunidades que teve – e não foram poucas. Isso é indiscutível, só que futebol não se resume a Matemática (nem ousem dizer que o pessoal por aí usa Estatística) e, se o “se” não ganha jogos, o “mas” decide. Num clássico, seja em qual circunstância for, não se pode jogar fora a chance de matar o jogo, e aí prevalece a velhíssima máxima do “quem não faz, leva”.
Sem injustiças: não somente o Flu perdeu os gols como também Jefferson fez um partidaço. Pegou tudo de todas as formas.
Parte boa: tabelas, toques de primeira, velocidade, uma aplicação de matar durante o jogo todo, mesmo com cansaço – no fim da partida o Botafogo parecia um visitante, rifando bolas desesperadamente. A expectativa de que, no atual momento, esta derrota tenha sido apenas um acidente que, com um pouco mais de maturidade (preço a pagar de um time muito jovem), poderia ser evitado. Importante falar de nova boa atuação de Pedro, da atitude de Sornoza (das melhores desde que voltou) e especialmente do Robinho – que foi muito bem no pouco tempo em que jogou.
Parte chata: os dois gols que sofremos e em outras jogadas perigosas do Alvinegro, mesmo com três zagueiros e dois volantes ficamos a ver navios. Um erro que precisa ser corrigido para ontem, sem vista grossa, pois pode custar pontos preciosos. E o Marlon, que entrou no lugar de Ayrton e não foi nada bem.
Enfim, mais um aprendizado. E recuperar os pontos diante do Atlético Paranaense domingo no Maracanã, naquele horário de brochar (quem quiser, que use o xis). Mas o fato é que o Flu tem feito valer a pena comparecer e, neste momento, sem cair na pieguice de obrigação ou cidadania, dar uma força no Maracanã é bem legal. No mínimo, merecia ter empatado ontem.
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Eu juro que tento entender a distribuição de ingressos 90 x 10 para um jogo numa segunda-feira à noite, numa cidade 100% perigosa, tirando um clássico de seu horário e dia esperados, para dez mil pagantes num estádio onde cabe o quádruplo. O único resultado disso: rasgar algum dinheiro a mais que pudesse entrar. Mas já que fazem com o Fluminense direto, que valha sempre a lei da reciprocidade.
Aliás, é bom que se diga: essa babaquice de mandante e visitante na mesma cidade é (mais) uma cópia malfeita de São Paulo, sem nenhum sentido numa cidade estropiada, dentro de um Estado esfacelado e com milhões de desempregados. Alguém fala de segurança. Em que lugar desse Rio de Janeiro alguém tem segurança? Faça-me o favor.
Aos poucos, o futebol brasileiro vai matando a mística dos clássicos, do duelo (em paz) das torcidas, das cores e da festa. É um processo longo, visando beneficiar a televisão (que, de maneira hipócrita, faz propagandas dizendo que lugar de torcedor é na arquibancada, mas ajuda a sabotar a mesma de N maneiras), principal patrocinadora mas também pouco interessada no benefício de seus prestadores de serviço.
Cada bar tem cinco amigos vendo, o clima é de distância e, no fim, só os clubes pagarão (mais) essa conta. Já vi Fluminense x Botafogo com mais de 100, 80, 70, 50 mil pessoas. Do jeito que a coisa anda, com boa campanha ou não, em breve teremos a média de público do futebol uruguaio. Imagine um elefante branco na Barra às sete da noite de domingo?
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
#JuntosPeloFlu
Imagem: rap