Amigos, amigas, tivemos no Nilton Santos um jogo entre duas equipes que ocupavam o meio da tabela no Flamengão 2025. O Botafogo estreava seu time titular. O Fluminense, de certa forma, também, pelo menos Mano tentava fazer algo parecido com isso.

Se o time que enfrentou o Botafogo só pode nos proporcionar o que vimos na noite desta quarta-feira, podemos preparar os nervos para uma temporada bem animada. No mal sentido, claro. Porque o que vimos foi o Botafogo praticamente fazer um treino de luxo para a partida que para eles importa, que é a decisão da Supercopa do Brasil, diante da Dissidência, no próximo domingo.

A verdade é que, tirando dez ou quinze minutos da etapa final, quando já venciam por 1 a 0 e Mano substituiu os homens de lado, o que resultou no gol de empate tricolor e, em mais de uma ocasião, quase na virada, o Botafogo sobrou no quesito desenvoltura ofensiva, criando as melhores e mais numerosas oportunidades de gol.

O que isso nos mostra? Que um time melhor e com um padrão de jogo definido e produtivo em todos os aspectos é capaz de superar seu adversário com dez dias, se tanto, de pré-temporada, mesmo que seja esse o Fluminense.

Então, parece que o problema maior de Mano Menezes para o momento é dar ao Fluminense um padrão de jogo competitivo em todos os seus aspectos, particularmente o ofensivo, em que não vamos bem, com apenas quatro gols marcados na temporada, três deles de pênalti.

Não foi uma atuação desastrosa do Fluminense. Poderíamos até ter vencido o jogo, embora não fosse esse um desfecho mais justo para a partida, pelo que apresentaram as duas equipes. Não obstante, fica uma preocupação acerca do que podemos esperar do Fluminense nessa temporada para além da volta de Ganso.

Com Canobbio e Serna pelos lados, pouco criamos por onde achávamos que seria o certo criar. Tampouco o fizemos com Riquelme e Kano. Talvez Mano queira fazer uma imersão nos momentos em que fomos produtivos ofensivamente no ano passado para tentar resgatar o que havia de positivo quando fizemos ótimas partidas, inclusive contra esse Botafogo, então líder do Brasileiro, na derrota de 1 a 0 no Maracanã.

Que tal pensarmos em Arias e Riquelme como homens de lado e uma trinca de volantes criativa, já esperando o retorno de Ganso, que sempre faz muita falta? Precisamos ver evolução no nosso jogo. Independentemente de pré-temporada, o que vemos é um rodízio que não resultou, até aqui, em nada produtivo, e uma regressão, quando esperávamos uma progressão, nos aspectos conceitual e tático do nosso jogo.

Saudações Tricolores!