Em dia de teste do sistema de alerta via celular pela prefeitura do Rio para avisar sobre chuvas fortes, podemos dizer – porque não? – para também avisar que seria dia do primeiro clássico deste famigerado e maltratado Campeonato Carioca.
Enquanto os donos da casa estreavam seus principais jogadores na temporada, nosso escrete foi para a terceira partida, vindo de uma vitória e um empate, com rendimento muito baixo, tanto técnico como físico.
Um primeiro tempo de relativo domínio alvinegro, em todos os aspectos, técnico, físico e coletivo. Já o Fluminense insistia em bolas longas pelos lados do campo, buscando finalizar rapidamente as jogadas.
Observando os mapas de calor das equipes no intervalo, uma constatação óbvia: o Fluminense quase envergou aquele famoso ‘U’, já o alvinegro era todo dominante no ataque.
O jogo no segundo tempo foi mais animado, começando com o botafogo que, em erro do Tricolor, arrancou pela direita. Na finalização de Lobato, Fábio deu rebote para o meio da área e a bola encontrou Igor Jesus que, observado por Dorival Júnior (técnico da CBF) das tribunas, abriu o placar para o algoz do Fluminense em tempos recentes.
Mano teve de mexer, trocou os lados de campo, tirando Agustín e para entradas de dois brasileiros: Riquelme e Keno, para ver se os caminhos do Flu se abririam. Deu certo: Riquelme recebeu bola esticada pela direita em velocidade e ao adentrar a área alvinegra, sofreu pênalti. Cano bateu e empatou.
Mas o Botafogo também recebeu um pênalti de presente. Fuentes cercava o Yarlen, mas Thiago Santos chegou atropelando o atacante manequinho na jogada; Bruno Arleu, assim Kevin no lance em favor do Fluminense, não teve dúvidas: apontou a marca de cal. Savarino deu números finais à partida, em favor do Botafogo.
O jogo teve chances de lado a lado, o Fluminense chegou a colocar uma bola na trave de John, além de forçá-lo a fazer boas defesas, mas Fábio teve ainda mais trabalho, salvando o Flu de sair com mais gols no borderô de campo da partida.
Agora são sete derrotas seguidas do Fluminense para o time atual campeão brasileiro e da Libertadores.
Alguns jogadores estão muito abaixo da grandeza do Fluminense, não quero com isso realizar uma perseguição, mas não dá para o time base que quase foi rebaixado no ano anterior, em vez de ser reforçado, ter peças-chave mantidas ou com contratos estendidos, ou ainda, piorar algumas instâncias.
Chegada a terceira partida sob comando de Mano Menezes, embora longe de sacramentar certezas para a temporada, podemos apontar correções. Uma delas está na preparação física da equipe, que já evidencia ser abaixo a do nosso rival, por exemplo.
Outros aspectos: o elenco não está bem montado e tampouco parece feliz. Há sinais evidentes de que falta algo no trabalho, se considerarmos todo o ano de 2024, mas já com brumas de 2025 e lembranças de 2023, o Fluminense não parece alinhado ao alto rendimento exigido neste futebol multimilionário em que queremos nos inserir.
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BOTAFOGO 2 x 1 FLUMINENSE
Campeonato Carioca 2025 – 6ª Rodada
Estádio Nilton Santos (Engenhão) – Rio de Janeiro-RJ
Quarta-feira, 29/01/2025 – 21:30h (Brasília)
Renda: R$ 276.624,00
Público: 7.549 pessoas presentes
Arbitragem: Arbitro: Bruno Arleu de Araújo. Assistentes: Luiz Cláudio Regazone e Thiago Filemon Soares Pinto.
Cartões Amarelos: Gregore 41’, Alexander Barboza 51’, Alex Telles 67’, Mateo Ponte 76’ (BOTAFOGO); Kevin Serna 33’, Samuel Xavier 33’, Gabriel Fuentes 84’, Ignácio 90’+4’, Thiago Santos 90’+4’ (FLUMINENSE)
Gols: Igor Jesus 57’, Jefferson Savarino 82’ (BOTAFOGO); Germán Cano 69’ (FLUMINENSE)
BOTAFOGO: 12-John; 4-Mateo Ponte (2-Vitinho 78’), 3-Lucas Halter, 20-Alexander Barboza e 13-Alex Telles (66-Cuiabano 78’); 26-Gregore, 17-Marlon Freitas© (5-Danilo Barbosa 87’) e 10-Jefferson Savarino (25-Allan 87’); 69-Rafael Lobato (67-Yarlen 78’), 11-Matheus Martins e 99-Igor Jesus. Téc.: Carlos Leiria. 4-3-3
FLUMINENSE: 1-Fábio; 2-Samuel Xavier, 3-Thiago Silva© (4-Ignácio 72’), 29-Thiago Santos e 12-Gabriel Fuentes; 35-Hércules, 8-Martinelli (37-Isaque 86’) e 21-Jhon Arias; 17-Agustín Canobbio (28-Riquelme Felipe 62’), 90-Kevin Serna (11-Keno 62’) e 14-Germán Cano (18-Lelê 86’). Téc.: Mano Menezes. 4-2-3-1