Mais organizado e mais veloz na passagem da defesa para o ataque, o Fluminense foi melhor do que o Botafogo na primeira etapa. As iniciativas pela esquerda com Caio Henrique, Yony González e Daniel levavam vantagem sobre Marcinho. No entanto, a definição na direção da área não encontrava João Pedro. O Fluminense tinha campo para avançar. Aos 28’, Daniel lançou Yony, que ganhou de Carli, entrou na área, mas bateu fraco. Logo em seguida, Daniel chegou com perigo, mas demorou a passar. Aos 34’, Ganso trocou passes com Gilberto e o lateral cruzou na medida para Yony mergulhar e desviar para o canto direito de Gatito. Com a vantagem, o Fluminense recuou muito e entregou a intermediária. Com essa postura, chamou o perigo para a meta de Muriel.
O Fluminense retornou com o objetivo de manter a posse de bola, mas o Botafogo pressionava em busca do empate. Aos 7’, numa bela triangulação, Yony recebeu e deixou Allan em condições de marcar, mas a bola foi para fora. O Botafogo se mostrava ansioso e era o momento de explorar os buracos deixados. E o Fluminense percebeu. Aos 15’, Ganso viu João Pedro e por pouco não o coloca na cara de Gatito. Um minuto depois, Yony recebeu na área, cortou para um lado, para o outro e bateu para defesa do goleiro paraguaio. Mesmo sem ser agressivo, o Fluminense chegava à frente agrupado. No entanto, o último passe era defeituoso. Aos 37’, Allan lançou Wellington Nem que, livre, bateu mal e perdeu grande chance de matar o jogo. Nos minutos finais, o Botafogo se lançou no desespero. Aos 43’, Nenê recebeu na área, mas bateu mal e perdeu boa oportunidade. Aos 48’, João Pedro recebeu livre e perdeu mais uma chance. Foi só e o Fluminense vai se recuperando.
MURIEL
Atuação destacada. Fez uma grande defesa em cabeçada de Pimpão, ótimas saída nas bolas aérea, preciso nas saída pelo chão, boas reposições com as mãos. Está fazendo a torcida esquecer os problemas com os goleiros anteriores.
GILBERTO
Ao contrário de outros jogos, não se mandou aleatoriamente. Quando foi, alternou o lado do campo e a meia direita. Cruzou bem para Yony abrir o placar. Finalmente, fez uma boa partida. Saiu machucado.
IGOR JULIÃO
Segurou na defesa nos momentos finais.
DIGÃO
Por pouco não entrega a rapadura numa troca de passes dentro da área. Não sabe, não faz.
NINO
Jogou com seriedade e cobriu Gilberto e Digão.
CAIO HENRIQUE
Ofensivo, buscou o fundo do campo, mas pecou nos cruzamentos. Com esse posicionamento, deixou espaços para Marcinho.
ALLAN
O motorzinho do meio-campo. Deu início a todas as transições tricolores.
DANIEL
Com espaço, distribuiu bolas para Yony, Caio Henrique e João Pedro. Aos 28’, deixou o colombiano na cara do gol. Logo em seguida, chegou livre na meia-lua, mas demorou a passar e perdeu boa chance de deixar João Pedro em condições de marcar. Saiu contundido.
GUILHERME
Não manteve o nível de Daniel, mas usou a experiência para suportar a pressão do Botafogo.
PH GANSO
Jogou mais recuado, quase um segundo volante. Deixou a organização das jogadas em velocidade para Daniel. Quando foi chamado, trabalhou bem a bola em passes curtos e precisos.
WELLINGTON NEM
Posicionou-se para os contra-ataques e teve a chance de ampliar, mas finalizou mal.
NENÊ
Movimentou-se por todas as posições do ataque, mas evitou entrar na área com a bola dominada.
YONY GONZÁLEZ
Percebeu a lentidão da zaga alvinegra e explorou a velocidade. Antecipou-se bem no gol de cabeça.
JOÃO PEDRO
Preso à marcação no primeiro tempo, participou pouco do jogo. Na etapa complementar, alternou pelos lados de Gabriel e Carli e apareceu para o jogo, mas os passes não foram bons.
MARCÃO
Recuperou duas das melhores estratégias de Diniz: alinhamento entre Ganso e Daniel e, dessa forma, a transição fluiu de uma intermediária à outra; o recuo de Yony até à intermediária ofensiva para o arranque e ultrapassagem pela última linha adversária. Precisa trabalhar o posicionamento de João Pedro, que está isolado e, assim, facilmente marcado. A variação de Gilberto entre o lado e a meia confundiu a marcação e permitiu ao lateral chegar de surpresa na área. Recuar Ganso na saída da defesa para o ataque criou espaços para a evolução de Daniel. No entanto, em determinados momentos, o 10 demorava a chegar no campo de ataque e fazia falta para o passe mais qualificado.
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