Boavista 3 x 1 Fluminense (por Marcus Vinicius Caldeira)

E a temporada para o Fluminense começa muito ruim!

Não que a derrota para o Boavista, usando um misto de reservas com Sub-20, signifique muita coisa. Como a vitória não significaria. Mas é aquela coisa: campeonato carioca serve para quase nada ultimamente, a não ser para acabar com o humor do torcedor em caso de insucesso.

O time escalado com os reservas que voltaram mais cedo da Florida Cup junto da molecada sub-20, fez um bom primeiro tempo. Criou chances, foi agudo, marcação alta. Quem destoou para variar foi Romarinho. Toma muita decisão errada: quando é para chutar, passa; quando é para passar, dribla. E teve a chance de uma tabela ótima com Robinho e preferiu tentar cavar o pênalti. Ainda bem que o contrato acaba em maio.

O Fluminense tomou um gol em em bola cruzada rasteira.

O sistema defensivo segue sendo o calcanhar de Aquiles do Abel. Não consegue montar um. Mas o time teve maturidade: não se abalou e conseguiu o empate.

Só que o segundo tempo foi tenebroso.

Vejam o que é o futebol. Romarinho foi substituído e o time piorou muito. Claro que só isso não explica. Mas foi o que aconteceu. Lucas Fernandes entrou muito mal. Perdeu a bola (embora tenha sido falta) que originou o gol. E o time não se encontrou mais. Do meio para o fim, parecia jogo da Copinha, tamanha a quantidade de jogadores que disputou o torneio recentemente. E ainda tomamos o terceiro, em um pênalti inexistente, marcado pelo sempre horroroso Marcelo de Lima Henrique.

Menos preocupante esse ano – embora ninguém, e inclusive eu, goste de perder – foi o resultado. O principal é a sequência de decisões ruins de uns tempos para cá, gerando um caos no futebol do clube.

A dispensa dos jogadores não foi ruim, mas a publicação daquela lista não tem explicação. Já perguntei para quem podia nas internas, mas não me convencem.

A questão de não terem depositado FGTS e pago o que devia ao Scarpa e não mapearem o perigo da saída do jogador que, claramente aliciado e com mau caratismo ímpar, forçou e conseguiu a saída na justiça, foi outro erro. Não obstante o cobertor curto, a falta de dinheiro que foi a real causa do  atraso dos pagamentos, não poderiam ter dado esse mole.

Antes, houve o caso dos ingressos das organizadas, pela forma que se deu. Ou seja, uma sequência de decisões terríveis que precisam ser estancadas já.

Ah, ainda temos o Dourado querendo sair. Vende logo. Ficar com jogador sem interesse talvez seja pior.

Não estou lá dentro para poder dizer como atuar para resolver. Mas algo precisa ser feito urgentemente (e não me venham com “Fora Abad”), pois ele é o presidente legitimamente eleito e no macro está atuando para resolver a questão financeira.

Porém, é preciso que haja um ponto de inflexão na diretoria do clube, já, para que se mude essa sequência de fatos negativos e possamos passar sem sustos pelo Brasileiro ou almejar coisas maiores. Não tem saída fácil: ou se detecta de onde vieram esses erros e muda o que tem de ser mudado, ou não há esperança para esse ano.

Este time terá de ser reconstruído no Carioca, mas a torcida não terá paciência.

O momento é muito difícil.

Não há mais margem para erros.

Até o Vovô!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

#juntosPeloFlu

Imagem: calder

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