(com Mônica Deyllot)
Esta semana vimos nascer a constante de Bittencourt (Z), proferida ‘intencionalmente ou não’ por Mário em sua coletiva. Estupefatos com tal criação, nos debruçamos na compreensão da constante Z.
Uma das primeiras constantes com as quais tomamos contato é π (pi). Número que relaciona o comprimento do perímetro de uma forma arredondada com o seu diâmetro médio. Não importa o tamanho do círculo, uma moedinha ou uma roda gigante, ou ainda, a barriga do Cazares, se dividirmos seu comprimento pelo seu diâmetro, sempre encontraremos π como resultado. Essa mesma elegância de proporcionalidades é encontrada na constante de Bittencourt (Z), “se você tem 6 zagueiros tem 5 zagueiros, se tem 5Z tem 4Z…”
Outra constante que logo nos alcança em nossos estudos primários é a universal dos gases, que relaciona o número de moléculas do gás com a pressão e a temperatura sobre o sistema. “Um gás perfeito é um gás imaginário que respeita esta constante a qual assume que o volume da molécula é zero”. Aqui também podemos perceber a influência sobre a constante de Bittencourt (Z), a quantidade de zagueiros relacionados e escalados, independente da pressão e temperatura no jogo, deve sempre assumir seu valor nulo. Ou seja, é como se não tivesse zagueiro em campo. Seja qual for a formação, 4-4-2 (2-4-2), 4-3-3 (2-3-3), 3-5-2 (0-5-2), 8-2-0 (2-2-0), enfim.
Outra constante muito conhecida e usada é a velocidade da luz, que num meio é constante e conhecida pela letra c. Bem antes de sua proposição como um dos postulados da teoria da relatividade, em 1887, o experimento dos estudiosos Albert Michelson e Edward Morley (a chamada experiência de Michelson-Morley) constrangeu o pensar da época sobre o éter e o movimento relativo da Terra em relação ao mesmo éter. O experimento comparou a velocidade da luz em diferentes direções (perpendiculares entre si) numa tentativa de detectar um movimento relativo de matéria através do estacionário éter luminífero. Nenhuma diferença foi apontada no resultado, fosse em que direção fosse, a velocidade da luz era sempre c. Talvez inspirado em seus estudos profundos dessas constantes, Mario tenha chegado a sua constante de Bittencourt (Z), afinal de contas se 6Z = 5Z = 4Z = 0, então, não importa a direção de fluxo (entrada ou saída de zagueiros), Z é constante e invariavelmente zero.
Portanto e porquanto, ou tantos e quantos, o planejamento de elenco de uma equipe de futebol, sob a ótica da constante de Bittencourt (Z), não deve se preocupar com a quantidade de zagueiros. Muito pelo contrário, como diria Jânio Quadros, tanto faz, como tanto fez ou fará. O que é difícil explicar é o porquê de Mário e Paulo, o mago, às vésperas de disputar a Libertadores, terem contratado mais dois zagueiros, Braz e Manoel e ainda desejarem apimentar a relação com David Duarte (mais um menino de Uram) no Fluminense para o porvir. Sem contar o motivo clímax para a elaboração da Constante de Bittencourt (Z): a renovação com o sub-aposentado Matheus Ferraz, mais um zagueiro, porém igual a 0.
Juntando tudo isso, entendemos que essa constante Z permite a rebuscada configuração dinâmica de uma equipe que pode jogar tanto em um 3-5-2 ou num 4-4-2 ou ainda num 0-5-5, afinal tanto faz, é apenas uma modelagem teórica mesmo.
E por falar em modelagem teórica, fica uma dúvida: estaria Mario inspirado nos estudos avançados de cosmologia também? Afinal, em um efeito de buraco de minhoca, pode-se passar de uma região espaço temporal à outra, assim, como num passe de mágica. Ou, como o tal do tunelamento que algumas partículas sofrem ao passar “magicamente” por uma barreira de potencial, sem saber o que houve no caminho, elas apenas desaparecem daqui e aparecem acolá.
Alguma semelhança com os destinos de alguns atletas do Fluminense, ou mera coincidência? Estaria Mário estudando para deflagrar um novo Fenômeno Tricolor Quântico? Saberemos mais à frente.
Por ora, nos cabe compreender a constante de Bittencourt (Z): ela revolucionará o mercado de futebol mundial, ou seguirá apenas habitando os espaços intracranianos de Mário? A ver.