Parafraseando Nelson Rodrigues (favor ler com voz rouca), eu poderia escrever: até a mais sórdida contratação é de uma complexidade shakespeariana.
E não há nada mais complexo que a sordidez com que o Fluminense assina suas compras e vendas.
Não me refiro a nada ilícito. Sobre isso, tenho mais ilações do que provas. Portanto não acuso nada, nem ninguém.
Falo mesmo é da sordidez em campo, tamanha a quantidade de jogadores ruins que chegam a esse Clube.
Se há por aí róis das mais absurdas contratações de pernas de pau no futebol brasileiro, com certeza o do Fluminense teria o status de Tratado do Mau Comprador.
Nem falo das vendas. Vendemos Zidanes ao preço de bananas.
O pacote de reforços do Flu mais parece aqueles pacotes de expansão de jogos eletrônicos que são vendidos separadamente. É isso, o Fluminense compra “Packs” de expansão, que custam muito e no fim das contas não dão retorno algum, muito menos alegria, embora a gente siga acreditando e torcendo para ter feito uma bom negócio. O que é claro, nunca é o caso.
Os nomes da vez já foram esmiuçados por outros panorâmicos em colunas anteriores, então não vou nem me dar ao trabalho de ficar repetindo a mesma coisa. A mim basta a reflexão sobre as colunas de meus colegas André Horta e Manoel Stone.
Se me dão o direito a um último pedido de final de ano, lá vai: Thiago Neves, não, Presidente! Não me faça esse desplante!
Bom Natal e Feliz Ano Novo.
Aquele abraço.