Ah, o destino…
“Nunca mais assisto um jogo do Fluminense!”, disse eu, após saber que o Tricolor havia contratado Renato Gaúcho, ex-jogador do Flamengo.
Eu, então com 13 anos, só havia visto o Fluminense ser campeão de relance, em 1985, época na qual eu possuía míseros quatro anos de idade.
Naquele tempo, o PFC não era tão difundido ainda, e eu, como um pré-adolescente, ouvia os jogos pela Rádio Globo e assistia os VT’s que passavam na Rede Bandeirantes, hoje Band, com narração de Januário “Tá lá um corpo estendido no chão” de Oliveira.
A escalação daquele time, com as devidas comparações pra você, meu caro leitor que nasceu na década de 90:
Wellerson (um Ricardo Berna sem aditivos);
Ronald (um Bruno manchado)
Lima (o Leandro Euzébio que parou Romário)
Sorlei (Não vou zuar que era Seleção)
Lira (um Carlinhos que tinha raça)
Márcio Costa (Edson com 4 marchas)
Aílton (Arouca com vidro fumê)
Djair (Fernando Bob com teto solar)
Rogerinho (um Conca que fala português);
Renato Gaúcho
Leonardo (uma espécie de Agnaldo chuteiras brancas, só que sem chuteiras brancas).
Técnico: Joel Santana (aquele do “pode to be?”).
O Fluminense tinha dois a menos: Sorlei e Lira. No lance do gol, Super Ézio toca para Ronald, que lança Ailton na ponta. Após dois cortes em Charles, bate para o gol. A bola iria para fora. Quis o destino que houvesse uma barriga no meio do caminho. Quis o destino que essa barriga fosse do cara que eu amaldiçoei dois ou três meses antes.
Após esse título, eu não podia fazer outra coisa a não ser pedir de presente essa camisa, que eu tenho até hoje, guardada com carinho. O número? Sete, a sete do Renato. O Renato do Fluminense. Aquele do gol de barriga.
Fillipe Souza é tão fanático pelo gol de barriga que cultiva uma.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: fs/pra/ lb