Terminada a partida entre Atlético (praticamente Campeão Brasileiro de 2021) e Fluminense, há pouco no Mineirão lotado, ficam alguns questionamentos para o Tricolor, que mais uma vez finge demência e não tenta jogar sério, da escalação, substituições e jeito de atuar em campo.
Que me perdoem quem defende a tese de que o Fluminense foi roubado. Eu entendo e sei que o pênalti foi marcado pela influência externa do VAR, o que critico com veemência e acho um desserviço ao futebol, tal qual ele é usado no Brasil. Pois vai além da tecnologia e simboliza o que de pior temos para mostrar em relação a lisura, decência e falta de comprometimento com a coisa séria. Mas não me parece um bom caminho emplacar a narrativa de que só perdemos porque a arbitragem interveio e sinalizou a penalidade quando estávamos vencendo por 1 a 0 a partida.
O Fluminense começou muito bem no jogo, dentro de sua proposta de jogo defensivo e reativo, alternou momentos de pressão alta e média, sempre caçando no meio de campo. Em uma dessas jogadas sofreu a falta, que bem batida por Marlon encontrou o infiltrado jogador emprestado pelo Cruzeiro Manoel, dentro da área a cabecear deslocando o goleiro Everson e abrindo o marcador para o Tricolor.
Depois do gol até o lance do pênalti, o que vimos foi o Fluminense abdicar de jogar da maneira de quando conseguiu chegar a seu gol, oferecendo campo e posse de bola irrestrita ao Atlético Mineiro, recuando demais Luiz Henrique e praticamente engessando Fred e Caio Paulista mais avançados, que inoperantes não conseguiram armar mais nada em favor do Fluminense, já que os jogadores de meio de campo não têm essas habilidades.
Efetivado o pênalti do VAR, que com olhos de lince viu toque de cotovelo de Marlon em bola dividida com Hulk, que na cobrança correu, parou, olhou e escondeu a bola no cantinho direito das goleiras defendidas por Marcos Felipe, que pulou certinho, destemido de encontro a bola, mas essa lhe escapou entre os dedos, pois quase conseguiu tocá-la. Logo após o empate, o Fluminense se transtornou, Fred mais uma vez ficou muito pilhado e o jogo se desenhou para o Galo.
Já na segunda etapa, sem mudanças nas duas equipes, o Atlético continuou imprimindo seu ritmo, que nem era tão forte assim, conseguiu em cobrança de falta, realizada diretamente pelo Hulk e desviando salientemente em Wellington, que não fazia uma partida horrível, apenas mediana, protegido com fulgor por André e Yago, que correram em dobro para vigorar o Projeto Wellington. Ela encobre o goleiro Marcos Felipe e deságua nas redes, cravando a virada Atleticana.
Com o resultado que bastaria ao Atlético, a partida se tornou uma desesperação total. De um lado um Atlético gastando tempo em todas as oportunidades e, do outro, um Fluminense fingindo reagir, com as entradas de Cazares, Jhon Arias e Bobadilla nos lugares de Caio Paulista, André e Fred, ainda mantendo em tese o modelo. O Fluminense foi incapaz de levar perigo ao goleiro Everson, que pouco trabalhou efetivamente, tudo enquanto o Atlético tentava encaixar um contra-ataque, que também não conseguiu.
Logo após, Marcão adiciona Matheus Martins ao jogo no lugar de Luiz Henrique, e por fim, o amigo do Fred: Alexandre Jesus inacreditavelmente ganha a chance de jogar, mesmo sendo um jogador que nada mostrou nessa temporada atuando pelo Sub-23 (Sub-Angioni) comandado por Aílton Ferraz, para atender a alguns anseios dos amigos da gestão.
Embora o pênalti minerado tal qual um Bitcoin, possa ter direcionado o rumo do jogo, a realidade é que o Fluminense nada tinha para oferecer à partida.
Mandou muito mal, mostrando o seu viés político e seu parco conhecimento de futebol. Perdi meu tempo.
Vai com Deus.