Em horário não convencional para futebol, três da tarde de um sábado pré-eleitoral, o Fluminense foi a Beagá medir suas plumas e penas com o Atlético. Do lado dos donos da casa as de um Galo vingador; do lado Tricolor, as do Pavão nada misterioso, um exibido perdedor, mas que segue juntando seus milhões.

Por arranjos ou conveniência, Felipe Melo virou titular e capitão da zaga, mais parecendo um pombo aprumado, arrastando a fantasia como se fosse madrugada, quatro e quinze ou dez para as três de uma quarta-feira de cinzas.

O Fluminense até conseguiu uma boa chance, com gol impedido marcado por Germán Cano, anulado pela arbitragem. Já o alvinegro mineiro, comeu pelas beiradas, em lance que Felipe Melo foi dar um bote errado, Zaracho evocou Hulk e o sete da casa abriu o placar sem cerimônias, aos quarenta minutos de jogo.

O Fluminense não conseguia abrir o cofre da defesa adversária, sofrendo sempre contra-ataques perigosos, já que o ex-jogador não consegue mais acompanhar uma ala sequer da equipe.

Aos poucos o Galo levou o Flu às cordas. Em um lance fortuito, Manoel interceptou um chute com a bola resvalando em seu braço aberto, o VAR chamou e Luis Flávio marcou o pênalti, além de expulsar Manoel, pois levou no lance o segundo amarelo. Hulk marcou o segundo e derradeiro gol enquanto Fábio nem saiu na foto.

Com o jogo definido, o Atlético se fechou e tentou encaixar um contragolpe para aniquilar o Flu. Não conseguiu.

Ao enfrentar um Atlético Mineiro, embora em fase terrível mas com bons jogadores, esbarrou o Fluminense em sua mediocridade, em suas contratações estapafúrdias e em sua soberba desnutrida. Não teria como ficar impune tantos ex-jogadores e perebas juntos a serviço do caos.

De esperança mesmo temos amanhã, quando iremos às urnas escolher nossos representantes no legislativo e executivo nacional e estadual. Podemos seguir andando em círculos como o Fluminense ou apostar na inteligência e projetos que combatam os reais problemas que assolam nosso povo. Que tenhamos um ano novo com melhores ideias.