Atlético-GO 1 x 0 Fluminense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense entrou em campo hoje com apenas três jogadores com menos de 30 anos. A constar: Jhon Arias, Martinelli e Bernal. Qualquer suspiro de reformulação se apagou. O “O Projeto Série B” voltou com toda força.

Um jogo num local que não vê chuva há sabe-se lá quantos meses, com calor e provável baixíssima umidade do ar, e o Fluminense entra em campo com o time recheado de veteranos.

Se isso não é autossabotagem, eu não sei mais o que é. A jornada da última quarta-feira foi traumatizante para quem torce por essas gloriosas cores. A de hoje foi mais do que preocupante, foi de reativar o alerta vermelho. O Fluminense retomou o caminho do desastre de forma resoluta.

Mano vai jogando pela janela do quinto andar tudo que conquistou de forma magistral em pouquíssimo tempo. Ao escalar Keno e Cano como titulares, deu passos atrás, sem querer, com isso, desrespeitar a trajetória desses jogadores. Keno, aliás, deveria ter sido expulso em uma entrada criminosa no jogador adversário.

Eu já tinha escrito aqui, após o jogo contra o Juventude, que o fantasma do Fluminense voltava a assombrar o Fluminense. Dois jogos perdidos em paçocadas de Felipe Melo, ausente quando arrancamos da lanterna do campeonato para fora da zona de rebaixamento.

O jogo de hoje foi um verdadeiro museu de grandes novidades, não sei se parafraseando Cazuza ou o meu amigo Edgard. O Fluminense se perde nos vícios, no apego ao que aparentemente deu certo. Só aparentemente.

Vai sobrar para a torcida criar o clima para evitar o desastre maior, porque o trabalho, que já foi bom, é muito ruim. Se não bastassem as ressurreições desastrosas, a volta ao caminho errante, os dois últimos jogos mostraram o pior que Mano poderia oferecer ao Fluminense.

No jogo de hoje, faltou intensidade, faltou organização, faltou Ganso, faltou Arias, faltou tudo, enfim. Só não pior do que a vergonhosa exibição da última quarta-feira. O Fluminense não tem elenco para ser rebaixado, mas o Fluminense parece comprometido com a ideia de nos causar muito sofrimento até o final dessa temporada maldita.

Quando o único a ser digno de registro em uma partida é o goleiro, é porque assumimos a mentalidade de time pequeno, de parque de diversão de refugos e jogadores em fim de linha.

Ou Mano retoma o caminho adotado no começo de seu trabalho, aquele começo posterior ao que tinha Reato Augusto e Douglas Costa como recursos recorrentes, sabe-se lá para que, ou podemos ter um ano de 2024 trágico. Trágico esportivamente, trágico institucionalmente e trágico nas finanças.

Agora, que o Fluminense foi mal, não há a menor dúvida, mas vamos deixar registrado aqui que estamos sendo severamente prejudicados pelas arbitragens. Não bastasse o pênalti claro, não marcado, no jogo contra o Botafogo, hoje teve até locutora brigando com as imagens para validar o gol ilegal do Atlético.

Para que existe essa porra de VAR, se não são capazes de analisar o óbvio? A bola saiu antes do cruzamento, todas as imagens mostram isso. O Fluminense foi escandalosamente prejudicado mais uma vez. Se querem que sejamos rebaixados, deixem que façamos isso por nossos próprios méritos. Nós não precisamos de ajuda.

Todos ao Maraca até o final dessa patacoada que é o 2024 do Fluminense. Quando as más influências se voltam contra nós, é guerra.

É GUERRA!

Saudações Tricolores!