Tétrico. Sem defesa, sem meio campo, sem ataque, sem treinador e sem presidente, esse foi o Fluminense que se viu na Arena da Baixada.
Começou a partida já dando mostras de que estaria satisfeito se voltasse para casa com um empate. Postou-se atrás, tentando achar um erro do adversário, sem lhe impor, porém, qualquer ameaça concreta de gol. Só chegava à frente, sobretudo pelo lado esquerdo, à base das ligações diretas da defesa ou do goleiro para o ataque. De tanto se encolher, sofreu o primeiro gol justamente em virtude de um erro duplo defensivo – Digão, Gum -, em face da pressão imposta pelo Atlético/PR. Só a partir daí, porque até então não havia chegado uma vez sequer com perigo ao gol adversário, mas na base do abafa, desorganizado, o Flu teve três boas chances, a melhor delas quase aproveitando uma firula mal feita pelo goleiro paranaense. Mas nem essa pressão, ainda que desordenada, impediu o sistema defensivo Tricolor, já nos acréscimos, de falhar novamente e permitir o segundo gol atleticano.
Para o segundo tempo, Marcelo Oliveira resolveu, enfim, substituir um de seus preferidos – trocou Dodi por Marcos Junio – alteração que não surtiu efeito, assim como não surtiram efeito as demais alterações, de Kayke por Sornoza e também a entrada de Junior Dutra. O problema do Fluminense é, além da mediocridade de seu elenco, de espírito, de alma, como costuma dizer Abelão. Assim, embora precisasse buscar o resultado, começou a segunda etapa sendo pressionado, acuado, sem saber o que fazer com a bola, sem um meio campo criativo, sem inspiração, sem nada.
Mesmo assim, diminuiu o placar com um gol meio de sorte e irregular de Luciano, mas nem isso foi suficiente para que se empenhasse em buscar o empate. Confuso, sem qualquer qualidade para chegar à frente, senão o esforço de Everaldo e os chutões de sempre, sofreu o terceiro gol de cabeça, em nova falha da defesa, nova falha de Gum.
Aí acabou. Se já não teve força nem qualidade quando o gol lhe dera uma fração de esperança, com o terceiro tento do adversário, o Flu só torceu para não levar mais.
Não dá para criticar só as figuras etéreas, os preferidos de Marcelo Oliveira: Kayke, Luciano, Dodi, Junior Dutra. Outros, como Jadson, Richard, Léo, Marlon e até Marcos Junio e Sornoza, demonstraram claramente que perderam o tesão pelo clube. Ou pelo treinador. Digão e Gum são ruins mesmo, mas certos jogadores, ao que parece, já iniciaram o processo de fritura de Marcelo Oliveira.
Um treinador melhor talvez desse um pingo de organização tática a esse grupo. O Fluminense não tem qualidade dentro de campo, mas não se vê, por mais que se esforce, qualquer lampejo de jogada treinada de posicionamento, de estratégia. É um bando comandado por um enganador à beira das quatro linhas. Até onde vamos, não sei. Só espero que Abad entregue o Fluminense a quem tenha competência e honestidade para geri-lo, e leve consigo Marcelo Oliveira e suas barangas.
O Fluminense não é isso que vimos hoje. Não pode ser. Jamais.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Boa noite. Eu já te disse, uma vez, com relação ao teu comentário sobre o técnico. Com esse elenco (?) que nós temos que treinador você recomenda? quem sabe você? de todos que tivemos e que você critica, acredito que só você mesmo. Não tem jeito. Apareça; não se esconda. Quem sabe?
Pois é, Fleury, vou deter-me à parte que vc tocou sobre a fritura de M. Oliveira. Acho que isso está se desenhando mesmo. O time parece desinteressado, Marcos Jr. anda em campo, enfim…
Mas, o que me chama a atenção é a visível falta de leitura de nosso treinador. Ele tem umas coisas inexplicáveis…por exemplo: essa obsessão por Jr. Dutra em detrimento de pratas de casa, chega ser risível. Suas revelações São, totalmente, desprovidas de nexo é suas substituições só ele entende, se é que…