Assis, doce Assis (por Claudia Barros)

Os anos 80 foram mágicos para o Fluminense. Mais precisamente os anos de 1983, 1984 e 1985. Eu tinha entre 13 e 15 anos. O Fluminense tinha um time campeão.

A televisão tinha em seriado de enorme sucesso, Hart to Hart, criado pelo famoso Sidney Sheldon e traduzido para o Brasil como Casal 20.

Passava nas noites de segunda-feira, se minha memória não me trai, e era aguardado por 10 em 10 expectadores de TV aberta no Brasil. O casal protagonista, Jonathan e Jennifer Hart, arrebatava os corações com sua sintonia e capacidade de resolver problemas difíceis.

Contavam com o apoio de um mordomo fiel, Max e com o amor incondicional do seu cão, Freway.
A série foi exibida no Brasil entre 1979 e 1984.

Nesse período, mais precisamente em 1983, o Fluminense contratava uma dupla que havia se destacado no Atlético Paranaense nos anos de 1982 e 1983, conquistando dois estaduais paranaense.

Chegavam, assim, ao Flu, Assis e Washington.
Incorporados a um time que já tinha Ricardo Gomas, Deley, Jandir, Branco e Romerito, a dupla caiu como uma luva.

Tamanha era a sintonia entre Assis e Washington, que não demorou para ganharem a alcunha de Casal 20, numa referência aos Hart: unidos, resolutivos, competentes, apaixonados.

O Fluminense montou à época um time imortal que arrebatou corações, angariou torcedores e levou para as Laranjeiras os cariocas de 1983, 1984 e 1985; além do campeonato brasileiro de 1984.

Quis a história que a união do Casal 20 tricolor fosse tão intensa que a dupla faleceu no mesmo ano de 2014: Washington em maio; Assis em julho. Ambos muito jovens.

No último dia 06 de julho completou 7 anos da ida de Assis. Sempre creio que para outra dimensão melhor do que essa, como assim espero que estejam meus pais.

Assis, um ídolo que tive o prazer de conhecer e abraçar e, aos prantos, agradecer por ter me dado tanto orgulho de ser Fluminense, quando eu ainda uma menina em Sumé, no Cariri paraibano, tinha entre os maiores sonhos ver o Fluminense sempre vencedor.

Aqui, minha homenagem, meu respeito, meu agradecimento, minha reverência ao ídolo que se foi Carrasco, foi de outros.

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Dias intensos pela frente.

Neste sábado, 09 de julho de 2021, pela 11ª rodada do Brasileirão, o Flu vai à Ilha do Retiro, enfrentar o Sport Clube Recife. O Sport em possível crise entre diretoria e jogadores, na zona de rebaixamento do campeonato, tem na figura do ex-tricolor Thiago Neves, suas esperanças de vitória.

O Flu, com enormes desfalques, inclusive do líder Fred, deve apresentar uma formação diferente e ousada. Tudo bem, vivemos requerendo a entrada dos garotos de Xerém em condições favoráveis.

Podia ser esta uma oportunidade para ver André e Matheus Martins apoiando na armação de jogadas, Luiz Henrique descendo pelas laterais no altruísta trabalho de servir João Neto e Kayky, que poderiam garantir a vitória tricolor.

Vamos ao jogo e saudações!