Apesar de todo tricolor conhecer o hino do Fluminense por completo, o que aparece para o resto do mundo geralmente carece de duas estrofes que raramente são cantadas. Bem, há de convir que se o Flu é o tricolor, deveria haver um trecho para cada uma das três. Mas tudo bem, se eles já não têm a alegria de torcer pelo time das Laranjeiras poderia ser demais pedir esse discernimento.

Mas deixemos os ignorantes de lado, pois o que importa neste texto é o Fluminense. Bem, acontece que me ocorreu que cada uma das nossas cores, tão bem apresentadas no hino tricolor, se encaixam perfeitamente na nossa luta pelo título da Libertadores. Tenho certeza que você concordará comigo.

“Vence o Fluminense

Com o verde da esperança,

Pois quem espera sempre alcança.”

Esperança é o que todo tricolor tem de sobra. Você pode ter certeza que mesmo o maior dos corneteiros ou dos tricolebas fica ali esperando que o Fluminense vença mais aquele jogo, que passe para a próxima fase e que chegue à final. Nós podemos perder, cair e ir até o inferno, mas nada abala a nossa esperança de ver um novo dia, de se recuperar e de vencer. Afinal, para nós o impossível não existe.

“Vence o fluminense

Com sangue do encarnado,

Com amor e com vigor.”

Levando em conta nossa história recente, foi essa a resposta do time para a nossa esperança. Foi desse sangue que veio o time de guerreiros, o time que lutou até o fim, o time que derrotou o improvável e venceu o impossível. O time que hoje coleciona títulos e que mostra vontade de vencer. Essa vontade, essa garra em campo contagia a torcida e faz o pavilhão incendiar com gritos, cantos e bandeiras tremulando.

“Vence o fluminense,

Usando a fidalguia.

Branco é paz e harmonia.”

Torcida, time e comissão técnica. Todos tem que jogar juntos, em harmonia. Quando uma dessas peças não está em paz com as outras, não tem como as coisas darem certo. O Fluminense de hoje tem um Abel apaixonado pelo time e os jogadores, como se diz por aí, estão fechados com ele. Então entra a torcida, que ao menos em sua maioria, apoia, com uma exceção ou outra.

Aí você me pergunta o que isso tem a ver com a Libertadores. Bem, as três cores ou a esperança, o sangue e a harmonia são importantes para qualquer coisa dar certo. Mas existem certos momentos que essa importância se potencializa.  Hoje, para nós, a maior competição sul-americana talvez seja o grande momento disso acontecer. Ou seja, é tudo mais necessário. É quando o apoio deve ser incondicional, quando a vontade deve ser inquebrável e quando o conjunto deve ser inseparável.

Nós passamos de fase e agora começa uma outra competição que pede muito mais de nós, dos jogadores e do próprio Fluminense. Para vencê-la não podemos deixar de acreditar, não podemos esquecer que devemos ser um só e não podemos medir esforços. Tudo para sermos campeões e fazer a América bater palmas ao saber das três cores que traduzem tradição.