Antes tarde do que nunca. Finalmente o Fluminense deu motivo para sua torcida acreditar que as coisas podem dar certo em 2016. A vitória por 4 a 3 sobre o Cruzeiro foi maiúscula, obtida em território inimigo, sobre um adversário sempre bajulado pela mídia nacional. E, bom lembrar, sem a ajuda de seu principal jogador, o artilheiro Fred, que cumpria suspensão.
Pela primeira vez nesta temporada em partidas oficiais, o Tricolor não foi o time obrigado a tomar a iniciativa. Jogando contra um adversário igualmente qualificado, o Fluminense, sem centroavante fixo, até saiu atrás no placar, mas teve sabedoria para aproveitar as brechas na defesa mineira para construir uma vitória de primeira grandeza.
Aliás, o Cruzeiro é um velho freguês nosso.
Diego Souza esteve perfeito, nota 10. Chamou a responsabilidade e liderou a equipe na busca pelo respeito anteriormente perdido diante de adversários pouco expressivos. Mais do que pelo respeito, mas pela confiança. O time, agora, tem consciência de sua força. Resta consertar os erros defensivos – fazemos muitos gols, mas continuamos levando-os em demasia.
Quem acompanha este espaço sabe que tenho batido forte no trabalho de Eduardo Baptista.
Porém, desta vez, tenho que dar total crédito ao treinador. Mostrou conhecer o adversário e armou sua equipe para, mesmo sem atacante fixo, vencer o jogo. Depois de Diego Souza, foi o principal artífice do belíssimo triunfo tricolor.
Para não ser hipócrita, vou repetir o que escrevi em uma coluna anterior: apesar de considerar a iniciativa válida para fugir dos desmandos da Ferj, não tenho muita atração pelas partidas desta Primeira Liga. Mas que a vitória empolgou, empolgou. E ela veio na semana que antecede ao Fla-Flu – válido pelo Campeonato Carioca, mas que ironicamente será disputado em Brasília.
O clássico de domingo terá um sabor diferente pela presença de Muricy Ramalho comandando o arquirrival. Ou seja: vitória é questão de honra para nós, tricolores. Empate até descerá pela nossa goela, mas perder está fora de questão. Portanto, será necessário ter brios suficientes para, além de superar a categoria dos jogadores rubro-negros, impor-se a todos os aspectos que fazem parte da centenária rivalidade.
Para terminar, “pitacos”: considero uma temeridade colocar o Giovanni para marcar o lateral-direito do Flamengo, Rodinei, que veio da Ponte Preta. Eu entraria com o Léo Pelé. Quanto a quem deva sair para Fred voltar, eu sacaria o Marcos Junior ou até mesmo o Scarpa – Douglas está jogando muita bola e a dupla com Pierre parece estar dando certo.
Aliás, falando em volantes, qual será a verdade da situação envolvendo Edson? Essa história está muito mal contada. Um jogador do nível dele não se acha fácil por aí.
Panorama Tricolor
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Imagem: pr/pra