Amor, meu grande amor (por Erica Matos)

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Eu aprendi a amar o Fluminense desde criança.

Cresci vendo no meu pai, um torcedor incondicional, que torcia nas boas e más fases. Cresci vendo meu avô deixando de ter seu próprio nome, e ser apelidado pelo bairro de “Sr. Tricolor”, a ponto de, por muitas vezes, só ser reconhecido como tal. Cresci vendo meu pai pintar nossa casa de verde, branco e grená todo fim de ano e isso nunca dependeu do resultado do clube no decorrer do ano.

Lembro do meu irmão viajando para fora, apoiando nosso clube quando jogava na serie C. Ele era motivo de chacota na escola, mas nunca deixou de defender o clube que o nosso pai nos ensinou a amar. Como poderemos nós, medir um amor desses? Como poderemos nós, desacreditar em um clube que nos ensinou que somos nós a força e a energia para ir adiante, mesmo quando não se acredita mais?

Nossa história se confunde com um amor sem limites, uma torcida que acredita no Fluminense, até mesmo quando o time desacredita no que faz, diante do clube que defende.

São tantas as histórias que temos para contar. São tantos os momentos de superação em que tenho a certeza que fomos nós, a torcida que ama incondicionalmente, os protagonistas dos finais felizes, outros não tão felizes, mas sempre marcantes.

Como não lembrar de 2008? Existe um misto de sentimentos, quando lembramos daquele ano. Mas foi um marco na história do Fluminense e na história de cada tricolor que ali estava. Nós não desacreditamos, jogamos com o time contra o São Paulo nas quartas de final, jogamos com garra e vencemos o Boca na semifinal. Acreditamos no time quando tivemos um jogo perdido em Quito, e precisávamos de uma vantagem de três gols aqui. Fomos nós, torcedores, quem fizemos a festa mais linda que o Maracanã já viu! E olha que estive em momentos como abertura do PAN e final da Copa do Mundo. Absolutamente nada se compara à final da Libertadores de 2008, primeira vez na história que o Maracanã recebia a decisão da competição.

Apesar do resultado, tenho um eterno sentimento de que ganhamos um titulo sim, pois mostramos ao mundo a força e união de uma torcida.

Como pensar em desânimo quando lembro de 2009? De 2010? São tantas as histórias, tantas as recepções épicas, tantos os mosaicos de incentivo, tantas frases que fizemos, e que marcou não só a nossa torcida, mas que virou jargão no futebol brasileiro. E fomos nós, torcedores incondicionalmente apaixonados quem fizemos isso.

Estamos diante de um confronto muito difícil . Amanhã, um jogo complicadíssimo nos aguarda. Nossa semana está “pesada”. Ficamos muito chateados na quarta-feira, mas nós, os que acreditamos sempre, independente do nível de dificuldade, já fomos dormir quarta, pensando no jogo de domingo.

Sim, estaremos lá. Vamos acreditar sim, porque o Fluminense e sua história nos faz acreditar e viver a superação.

Jogadores, técnicos, presidentes vem e vão, mas nós não deixaremos jamais de ser os protagonistas da esperança que nunca morre .

O desânimo bate e isso é natural. Mas ao olhar para o que foi superado lá atrás, temos a certeza de que esta, será mais uma fase superada, e o sentimento que o tricolor de coração tem, mesmo quando sai do estádio sem a vitória, é o de ter feito o seu dever. Existe um orgulho de saber que somos nós, os torcedores que sempre vamos e acreditamos, independente do resultado e da natural chateação que nos trás.

Torcer para o Fluminense é saber superar a momentos ruins e aproveitar a vitória que virá. Sabemos que nada é fácil para o Fluminense, e agora não será diferente.

Podemos não estar com o time que nosso Clube merece e paga para ter, mas não deixemos nunca de ser protagonistas eternos de uma torcida unida que existe para ser.

ST

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @erica_matos

Imagem: google

SPRIT

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