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Para quem gosta de futebol, quase dois meses sem as partidas chega a ser um sacrilégio.

E nós, tricolores, merecidos campeões que vimos o campeonato moralmente encerrado em novembro passado?

Pois é. Chega de saudade! Estamos de volta neste janeiro.

Claro que o campeonato carioca não é o mesmo de anos atrás, o que não tira seu charme e nem a importância. Podia ser bem melhor, com os times menores fortalecidos, os da capital recuperados – muitos hoje fora do cenário, como América, São Cristóvão, Portuguesa, Campo Grande e outrem.

Claro que cem em cada cem tricolores estão com os dois olhos arregalados na Copa Libertadores, único título que nos falta conquistar. É natural essa cobiça, ainda que não deva virar uma obsessão, como bem lembrou o moderado Fred. Fevereiro é logo ali.

Claro que ainda tem muita coisa pela frente neste 2013, o Flu estará nas principais competições e é candidato a todos os títulos que vierem pelo caminho, ao lado de outras admiráveis equipes também.

Agora, vamos viver o hoje, o presente.

Quem viveu ano passado aquele calorão de 50 graus em Moça Bonita na primeira rodada até chegar ao grande título, gol de Moura, depois de ter passado pelas avassaladoras vitórias sobre Vasco e Botafogo, há de entender estas linhas.

Não falo de perfeição. Nem quero. O que penso é na vivência, na história. Nossos antepassados prestigiaram esse campeonato, aplaudiram o time nos primórdios do Maracanã, de São Januário e mesmo na rua Guanabara. Num país onde a cada 15 anos ninguém se lembra do que aconteceu nos 15 anos anteriores (adaptação do mestre Ivan Lessa), o campeonato do Rio de Janeiro completa 107 anos – e na maioria deles quem brilhou foi o Fluminense. Então, celebrar o campeonato estadual é também celebrar a nossa camisa, as nossas cores. O futebol daqui é que impulsionou tudo o que aconteceu dentro deste esporte no Brasil. Nós somos parte vital desta história.

Eu quero a Libertadores. Eu quero o Mundial da FIFA. A Copa do Brasil. O penta. O que vier pela frente é deveras importante. Mas também quero o campeonato carioca, jogando com time B (boa sacada do nosso companheiro Jorand) ou não, quando for o caso.

Hora de voltar as escutar os tambores de arquibancada, rever os admiráveis maníacos e sempre, abraçar os amigos, namorar as três cores da vitória, tudo isso ainda sem o Maracanã – e quando ele vier, melhor ainda. Relembrar os antigos jogos de vinte, trinta anos atrás: – O Entrerriense era complicado. – E o Nova Cidade? – Que fim levou o Cardoso Moreira? – o Americano no Godofredo Cruz era uma pedra no sapato. – E Ítalo Del Cima? – E o estádio dos ventos uivantes na Ilha do Governador? – Ah, aquelas partidas em Laranjeiras às quartas-feiras à tarde! –Lembra que numa delas Eduardo “Cachaça” trocou de posição na lateral para não ficar no sol? – E o chutaço do Dago?

Amanhã tem jogo em São Januário.

E daí que não é o melhor campeonato do mundo?

O que importa se o onze principal não estará em campo?

Dane-se a goleada no jogo-treino. Não importa o campo, o adversário, o campeonato, o espetáculo, o entorno, nada, absolutamente nada.

Tem Fluminense. Isso me basta.

Tem Fluminense. Hoje tem jogo.

Finalmente começou o ano.

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Caríssimos seis ou oito leitores,

Neste domingo 20/01/2013, às 21.30 h, estarei no programa “Balanço Esportivo” da CNT – o programa do futebol carioca -, apresentado por Edilson Silva, falando do meu novo livro “Duas vezes no céu”.

Além da TV aberta, ele pode ser visto via internet no link http://www.edilsoncsilva.com.br/

Portanto, todos convidados. Brax.

Paulo-Roberto Andel

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

Na próxima terça-feira, dia 22/01, às 18.30 h, o lançamento de “Duas vezes no céu”, o novo livro de Paulo-Roberto Andel, na Livraria Arlequim do Paço Imperial, Praça XV, Centro RJ. Não percam! http://www.arlequim.com.br/