“Até a pé nós iremos” é o que diz um trecho do hino popular do nosso adversário de hoje à noite, com um pé na Série B. O Grêmio de Porto Alegre vive hoje um drama semelhante ao que viveu o Fluminense em 2009.
Faltando oito rodadas para terminar o Brasileirão 2021, estamos em oitavo lugar com 42 pontos conquistados, 23 a menos que o líder e futuro campão Atlético-MG (50 anos de seu primeiro e único título em 1971) e 12 pontos à frente do Sport, nosso último adversário, que ocupa a décima sétima posição com 30 pontos, tendo ainda um jogo a mais realizado em relação à maioria.
O Grêmio, se quiser escapar de seu destino traçado esta temporada, precisará mudar radicalmente a mentalidade e ter solidez em suas ações, não muito diferente do que vivemos em 2009, porém difícil de acreditar que conseguirá. O feito do Fluminense parece mesmo ter sido sua vocação para a eternidade. Diferente dos nossos rivais tricolores do Sul, que são apenas imortais.
Trazendo o Fluminense para o plano em destaque, é praticamente certo que já escapamos de ser rebaixados este ano, o que para muitos era a meta a ser alcançada, fazendo viver o Fluham que habita na maior parte da torcida atual. Também era minha projeção olhando o trabalho técnico (não) realizado até aqui, desde os tempos de Odair Hellmann e Roger Machado, que foram feitos de sanduíche do atual e anterior e mediador treinador desses, o Marcão. Tal qual um famoso sanduíche de uma marca famosa de lanches rápidos, Marcão é o pão em três fatias e Odair e Roger as carnes (ou não) desse Fluminense que tenta ser apenas um passatempo desgastante e irritante ao seu torcedor.
Aqui vai um parágrafo à parte: não há como desconectar o jogo de hoje da atitude tacanha e mesquinha dos jogadores, no pós-jogo em que sofreram horrores para vencer o fraco e combalido Sport Recife, por 1 a 0 no Maracanã, praticamente no último minuto dos acréscimos da partida. Os jogadores e gestão trataram a vitória como um grande feito, deram de ombros e costas ao Torcedor que estava presente e aos milhões que assistiam descontentes mais uma partida patética pela televisão.
Por fim, um apresentador de TV que comanda um programa de boa audiência, o mesmo que viveu de atacar a instituição Fluminense por anos a fio em seu programa, Neto de “Os donos da bola”, foi considerado visita ilustre pelo ocupante do cargo de presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, que o levou até o vestiário nesse dia, tratado como um rei, deflagrando a várzea que se encontra esse Fluminense do trio maravilha, Mário & Angioni & Uram. Mais uma de tantas vergonhas institucionais.
Voltando ao jogo Grêmio x Fluminense, que será disputado nesta terça-feira, 09 de novembro às 21:30 h na Arena do Grêmio, embora eu não confie, espero que o Fluminense de Marcão, Lucca e companhia limitadíssima vença e afunde ainda mais o que se diz imortal, que até esses dias era usado como exemplo de gestão e de aula de futebol. Porém, estão pagando o preço por manter um amador tanto tempo na gestão do futebol e do vestiário, e que hoje nos dá alegria, retirando o nosso rival da Lagoa de todas as disputas que ainda se encontrava.
Talvez essa seja nossa única alegria nesse fim de temporada medíocre e triste que faz o Fluminense. Estamos por doses de alegrias, esperando que algum amigo nos pague a ‘saideira’ a cada rodada.