Uma semana após a rodada anterior no campeonato brasileiro e cerca de dez dias após a Sul-Americana, ainda é difícil acreditar na classificação de um e a não ressuscitação de um time do Z4, na outra competição. Ficam os agradecimentos a todos os deuses do futebol, porque essa façanha tem sido mais difícil que acertar os números da sena.
Cada vez mais perto da final, nossa torcida acorda e faz uma festa à altura do nosso tamanho. Não teve bambus com bandeiras e não teve pó-de-arroz, mas teve voz, força, amor e alma, o que resultou na bela vitória. Nossa torcida é assim, não entra em campo fisicamente, mas consegue mudar o rumo de qualquer jogo. Sabemos a força que temos e o onde podemos chegar, agora que despertamos, nosso caminho é a taça!
Esse era o gás que precisávamos para o clássico do final de semana… Era… Se não tivéssemos deixado o Flamengo dominar a partida, como se fôssemos outro time qualquer em campo. Não que eles tenham jogado bem e, de fato, não jogaram, mas foram espertos o suficiente para saber administrar o jogo e se aproveitar dos nossos inúmeros erros.
Começamos com uma bomba do Luciano e terminamos o primeiro tempo vendo o Vitinho deitando e rolando em cima de Norton, com o Flamengo forçando pela esquerda; primeiro tempo, segundo tempo e um… dois… três gols em um time cheio de zagueiros. Ver o Norton relacionado é sentir o coração falhando lentamente…
Se nosso canto ecoava, em campo, a postura era outra. A torcida até ensaiou um showzinho nas arquibancadas, não em números, mas em canto, os 5% que calam 95%, até porque em números fomos um fiasco. Não há como culpar, são duas competições, dois níveis de torcida, mas afinal, também é como se existem dois Fluminense, um que dá o sangue e derruba quem se mete à frente dos seus sonhos e outro, que assiste quieto e vê no que vai dar, daí a surpresa do placar elástico contra o Paraná.
Vexame no campo e vexame aos redores: não há como cobrar a presença do público em clássicos quando é certo de haver pancadaria antes e após as partidas. Anos passam e nada muda, pessoas que saem com o intuito de arrumar confusão e outras que são obrigadas a passar por sufocos, sem terem absolutamente nada a ver com a história.
Definitivamente, é um final de semana para ser esquecido pela torcida do Fluminense…
Panorama Tricolor
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